Robert Francis Prevost: o primeiro Papa americano da história é eleito para liderar a Igreja Católica

O mundo se volta para o Vaticano em um dos momentos mais simbólicos da fé católica

Novo papa estadunidense Robert Francis Prevost Martínez. Imagem: Vatican News
Sem comentários Facebook Twitter Flipboard E-mail
sofia-bedeschi

Sofia Bedeschi

Redatora

Jornalista com mais de 5 anos de experiência no ramo digital. Entusiasta pela cultura pop, games e claro: tecnologia, principalmente com novas experiências incluídas na rotina. 

O Papa escolhido foi Robert Francis Prevost Martínez, da ordem agostiniana, com uma trajetória marcada pela missão internacional e liderança pastoral. Sua eleição marca o início de um novo capítulo para a Igreja Católica, que agora será liderada por um pontífice que carrega uma vasta experiência missionária e administrativa.

O anúncio do novo líder da Igreja Católica foi feito uma hora após a fumaça branca subir na chaminé da Capela Sistina. A frase em latim que ecoará da sacada da Basílica de São Pedro – “Annuntio vobis gaudium magnum: Habemus Papam!” (“Anuncio-lhes com grande alegria: Temos Papa!”) – é o sinal de que a Igreja tem um novo sucessor de São Pedro.

Quem é Robert Francis Prevost, nomeado Leão XIV?

É o primeiro Papa americano da história, nascido em Chicago, EUA. Membro da ordem agostiniana, tem uma trajetória marcada pela atuação missionária e pastoral internacional, especialmente no Peru, onde viveu por quase duas décadas e se tornou bispo e cidadão naturalizado.

Reconhecido por seu perfil diplomático e liderança religiosa, foi nomeado em 2023 por Francisco para chefiar o escritório do Vaticano responsável pela nomeação de bispos ao redor do mundo. Apesar de suas origens americanas, Prevost construiu uma carreira voltada para questões globais e culturais, especialmente na América Latina. Sua eleição reflete um equilíbrio entre correntes conservadoras e inclusivas da Igreja, sendo visto como uma figura que transcende fronteiras e busca um pontificado equilibrado.

Ele foi escolhido por pelo menos 89 dos 133 cardeais – dois terços dos eleitores do conclave – e será o sucessor do papa Francisco na Cátedra de São Pedro.

Imagem: international.la-croix.com Imagem: international.la-croix

O papel do cardeal protodiácono

Responsável por pronunciar o histórico anúncio, o cardeal protodiácono é sempre o mais antigo da ordem dos diáconos no Colégio Cardinalício. Neste conclave, essa responsabilidade recai sobre Dominique Mamberti, de 73 anos, um dos mais experientes e respeitados diplomatas do Vaticano. Nascido em Rabat, no Marrocos, e criado na Córsega, França, Mamberti se destacou ao longo de sua trajetória pela atuação em conflitos internacionais e negociações delicadas, consolidando-se como um nome de confiança para a Santa Sé.

Original Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane

O ritual do conclave

O conclave que define o novo Papa é um dos processos mais antigos e sigilosos do mundo. Na Capela Sistina, os cardeais se reúnem a portas fechadas para eleger o sucessor de Francisco. Cada eleitor, com menos de 80 anos, recebe uma cédula com a frase “Eligo in Summum Pontificem” (“Elejo como Sumo Pontífice”) e escreve, à mão, o nome do candidato que considera mais apto a liderar a Igreja. Para ser eleito, o novo Papa precisa receber dois terços dos votos.

Quando o resultado é alcançado, as cédulas são queimadas junto a uma substância química que produz a famosa fumaça branca, indicando ao mundo que a escolha foi feita. Em seguida, o cardeal protodiácono se dirige à sacada da Basílica para proclamar o tão esperado “Habemus Papam."

Inicio