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A Geração Z pede as coisas "por favor" para o ChatGPT com uma intenção oculta: 69% fazem isso caso a IA acabe virando seu chefe

  • Um em cada 10 jovens da Geração Z gostaria que seu chefe fosse um agente virtual.

  • Eles acreditam que a IA seria mais humana do que seus chefes atuais.

Geração Z pede por favor ao Chatgpt. Imagem:  Cdmonkt en Midjourney
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Sofia Bedeschi

Redatora

Jornalista com mais de 5 anos de experiência no ramo digital. Entusiasta pela cultura pop, games e claro: tecnologia, principalmente com novas experiências incluídas na rotina. 

Já sabemos quem Sam Altman pode culpar depois de ter dito, há algumas semanas, que essa mania de pedir "por favor" e dizer "obrigado" para o ChatGPT estava custando uma fortuna para a OpenAI.

Um estudo da EduBirdie com jovens da Geração Z revela que eles fazem isso o tempo todo — não por educação, mas por medo do que isso pode significar no futuro.

De acordo com o estudo, um em cada 10 jovens da Geração Z quer que seu chefe seja substituído, mais cedo ou mais tarde, por um agente virtual. Por isso, 69% deles admitem que falam com as IAs de forma supereducada — melhor garantir um bom relacionamento desde o início, né? Afinal, nunca se sabe o que pode acontecer no futuro.

Mas por trás desse jeito curioso de pensar, tem uma contradição ainda mais interessante:

O chefe ideal da Geração Z é mais humano, mas é uma IA

Apesar de 55% dos entrevistados acreditarem que a IA vai tomar seus empregos nos próximos 10 anos e 40% considerarem mudar de carreira justamente para evitar esse problema, 180 dos 2.000 jovens entrevistados disseram que preferem que um agente virtual se torne seu chefe. Eles acreditam que a IA pode ser mais "humana" do que os líderes que eles têm hoje.

Claro, isso diz muito mais sobre os gestores atuais do que sobre o futuro da inteligência artificial em si, principalmente por causa do estresse, burnout e toxicidade que muitos desses líderes acabam impondo aos seus times.

Mas também é justo reconhecer que, ao trocar um chefe humano por um agente virtual, os funcionários perderiam algo importante: a capacidade de pensar fora da caixa, a empatia e o toque humano que só a criatividade e o sentimentalismo conseguem trazer.

Os jovens da Geração Z, no entanto, não concordam muito com esse último ponto. Para 57% dos entrevistados, a inteligência artificial já superou os humanos em criatividade.

Quando o assunto é empatia, 26% veem o ChatGPT como um amigo e 16% até usam a ferramenta como se fosse um terapeuta.

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