O propósito das petrolíferas para o futuro parecia seguir em direção às energias renováveis, mas as pressões do mercado e dos acionistas fizeram com que essa visão fosse revertida, como no caso da britânica BP. No entanto, há muitas outras formas de trilhar o caminho verde, e a italiana Eni é um exemplo claro disso.
Resumindo
A petrolífera italiana Eni criou dois negócios focados em inteligência artificial verde e na captura de emissões de dióxido de carbono, segundo informou a Reuters. Essas iniciativas se somam a outras duas frentes já em andamento na empresa: a Plenitude e a Enilive, que atuam com energias renováveis e biocombustíveis, respectivamente.
Diversificação do modelo de negócio
Com isso, a Eni estimou que a rentabilidade de seus negócios “verdes” alcançará números de dois dígitos nos próximos cinco anos, com um desempenho comparável ao do setor tradicional de petróleo e gás (15%-16%), conforme destacou o Financial Times.
Um projeto de grande porte
A petrolífera italiana tem direcionado sua estratégia para o uso de supercomputação e inteligência artificial no desenvolvimento de soluções sustentáveis. A partir de seu centro no norte da Itália, a companhia opera a supercomputadora HPC5 — a mais potente do setor energético — juntamente com uma usina de energia e uma instalação de captura de carbono.
O objetivo é vender capacidade de processamento para empresas de tecnologia que precisem treinar modelos de IA, mas utilizando energia de baixa emissão, reduzindo assim o impacto ambiental dessas operações.
Ser mais sustentável
A petrolífera está avançando na iniciativa de captura e armazenamento de carbono (CCS), contando com quase três gigatoneladas de capacidade de armazenamento de CO₂. Um exemplo desse avanço é o projeto HyNet North West, no Reino Unido, que busca capturar emissões industriais e armazená-las no mar da Irlanda.
Outro mercado a explorar
Junto com a petrolífera malaia Petronas, ambas estão explorando uma nova oportunidade no mercado de gás. De fato, elas planejam unir seus campos de exploração para criar uma joint venture capaz de produzir o equivalente a 500 mil barris de petróleo por dia em gás natural. Essa operação representaria aproximadamente metade da produção atual de gás da Eni e foi projetada para abastecer mercados asiáticos, como China e Índia, onde a demanda por gás continua crescendo.
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