Dos saberes tradicionais para a medicina científica: esta conhecida planta brasileira inesperadamente se mostrou uma alternativa muito eficaz contra a artrite

Estudos foram conduzidos por pesquisadores brasileiros da UFGD, Unicamp e Unesp

Periquito-da-Praia | Fonte: Frederico Acaz Sonntag/BioDiversity4All
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Vika Rosa

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Jornalista com mais de 5 anos de experiência, cobrindo os mais diversos temas. Apaixonada por ciência, tecnologia e games.


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Uma planta comum do litoral brasileiro, utilizada há gerações pela medicina popular para tratar infecções e inflamações, acaba de receber o respaldo da ciência. Conhecida popularmente como periquito-da-praia, a espécie Alternanthera littoralis demonstrou resultados surpreendentes no combate aos sintomas da artrite em estudos conduzidos por pesquisadores brasileiros da UFGD, Unicamp e Unesp.

O estudo, publicado no Journal of Ethnopharmacology, confirmou que o extrato da planta possui uma capacidade significativa de reduzir o inchaço e a dor, além de modular mediadores inflamatórios.

Ação antioxidante, além de proteção das articulações

Diferente de alguns tratamentos que apenas mascaram a dor, os experimentos realizados em laboratório revelaram que a Alternanthera littoralis atua na raiz do problema. Os pesquisadores observaram que a planta promove uma proteção tecidual nas articulações, ajudando a limitar os danos causados por condições inflamatórias crônicas.

De acordo com os cientistas, o extrato etanólico da planta apresentou:

  • Redução drástica de edemas (inchaços).
  • Melhoria nos parâmetros de saúde das articulações.
  • Ações antioxidantes que preservam os tecidos saudáveis.

Segurança e futuro na medicina natural

Um dos pontos mais promissores da pesquisa foi o perfil de segurança. Nos testes toxicológicos coordenados por professores da Unesp e Unicamp, a planta mostrou-se segura para administração nas doses terapêuticas testadas, sem apresentar toxicidade imediata. Isso dá credibilidade científica aos remédios caseiros usados há décadas por comunidades litorâneas.

Apesar do entusiasmo, os pesquisadores alertam que o uso clínico ainda depende de etapas futuras. O próximo passo envolve ensaios clínicos em humanos e a padronização de métodos de preparo para garantir a dosagem correta. 

O objetivo final é valorizar a biodiversidade brasileira, transformando o conhecimento tradicional em terapias naturais acessíveis e seguras, mas comprovadas pelo rigor da ciência moderna.

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