Construir uma estação espacial sempre foi um trabalho de anos, exigindo dezenas de lançamentos de foguetes para montar módulos pesados e rígidos, peça por peça. No entanto, a startup Max Space, sediada na Flórida, pretende mudar essa lógica com a Estação Thunderbird: uma plataforma comercial projetada para ser lançada em um único pacote e se "auto-montar" no espaço.
Diferente das estruturas metálicas tradicionais, a Thunderbird utiliza tecnologia de módulos expansíveis. Isso permite que ela seja compactada dentro da coifa de um foguete comum e, uma vez em órbita, se infle até atingir um volume de 350 metros cúbicos, o que equivale a cerca de um terço de todo o espaço interno da Estação Espacial Internacional (ISS).
Eficiência com baixo custo
O principal atrativo deste projeto é a economia drástica de tempo e dinheiro. Ao reduzir a necessidade de múltiplas viagens espaciais, a Max Space agiliza o processo de colonização da órbita terrestre. Apesar de ser lançada de uma só vez, a estação terá capacidade para:
- Acomodar até quatro tripulantes em tempo integral ou oito em estadias curtas.
- Oferecer aposentos individuais com privacidade para missões longas.
- Disponibilizar mais de 60 compartimentos de carga totalmente reconfiguráveis para ciência e indústria.
Para garantir que o interior seja funcional e confortável para seres humanos, a empresa conta com a liderança da ex-astronauta da NASA, Nicole Stott, que aplica sua experiência real no espaço para otimizar o design das áreas comuns e de pesquisa.
O caminho para a exploração espacial?
A Thunderbird não será apenas uma "casa" no espaço, mas um laboratório avançado equipado com microscópios, câmaras de crescimento de plantas e áreas para fabricação de produtos farmacêuticos.
A empresa já planeja lançar um protótipo em escala reduzida em 2027 para testar o sistema de proteção contra detritos orbitais no ambiente real. Se tudo correr como planejado, a versão em tamanho real será enviada ao espaço em 2029 a bordo de um foguete Falcon 9, da SpaceX.
O sucesso desta tecnologia pode ditar o futuro das próximas moradias humanas na Lua e até mesmo em missões tripuladas para outros lugares mais remotos.
Ver 0 Comentários