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Adeus aos mapas como os conhecemos: estudo confirma que fenda na África é tão colossal que um sexto oceano deve surgir

A cada ano ela se expande

Vale do Rift
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Vika Rosa

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Vika Rosa

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Jornalista com mais de 5 anos de experiência, cobrindo os mais diversos temas. Apaixonada por ciência, tecnologia e games.


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Um fenômeno geológico de proporções colossais está transformando a face da Terra: a África está se dividindo lentamente em duas. O processo, confirmado por estudos e destacado pela National Geographic, ocorre ao longo do Sistema de Rift da África Oriental, uma das maiores fraturas tectônicas do mundo que se estende por milhares de quilômetros, atravessando países como Etiópia, Quênia e Tanzânia.

A fragmentação é causada pelo afastamento de duas subplacas tectônicas: a Placa Somali (menor) e a Placa Núbia (maior). Esse movimento divergente é impulsionado por dinâmicas internas do manto terrestre e pelo deslocamento de rochas fundidas abaixo da superfície.

O nascimento de um novo mar

A fenda original teve início na região de Afar, no norte da Etiópia, há cerca de 30 milhões de anos. Desde então, a rachadura avança para o sul em direção ao Zimbábue a uma taxa média de 2,5 a 5 centímetros por ano. Embora o ritmo pareça lento para a escala humana, as consequências geológicas são definitivas.

À medida que as placas se afastam, a litosfera se torna mais fina. Em alguns milhões de anos, a água do mar avançará pela fenda, isolando uma parte do leste africano e criando um novo oceano entre as duas massas de terra.

Em 2005, uma fenda de 60 quilômetros abriu-se no oeste da Etiópia em apenas alguns minutos, deslocando o solo em dois metros — uma mudança que normalmente levaria séculos.

Pesquisadores indicam que a expansão é mais rápida na parte norte do rift, sugerindo que os primeiros vestígios do novo oceano surgirão naquela região.

Um planeta em constante evolução

Zonas como o Vale do Rift são janelas para o funcionamento interno do planeta. Geólogos como Lucia Perez Diaz explicam que o processo é irreversível e, ao longo de dezenas de milhões de anos, o fundo do mar preencherá toda a extensão da fenda.

A geografia da Terra não é estática. Assim como a deriva continental uniu e separou territórios no passado, a formação de um novo oceano é apenas mais um capítulo na longa história de transformação do nosso planeta.

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