É certo que existem diversos tipos de celulares hoje em dia, dos mais simples aos mais sofisticados. Uma famosa fabricante que cobre praticamente todos os tamanhos de bolsos é a Samsung, com diversos Galaxys para atender cada orçamento. Nesse espaço todo, criou-se o conceito de “celular para pais”, que são celulares simples e parrudos, que aguentam uma ocasional queda e sirvam para pais fazerem o que fazem na Internet: ver o aplicativo do banco, conversar no WhatsApp, registrar um momento e ver uma fake news ou outra por aí. A Samsung nos deixou com dois aparelhos que estão nessa categoria e por isso, foram meus pais que testaram o A56 e o A07 e eu trago agora as considerações que eles fizeram para cada aparelho.
Quais são as configurações do Galaxy A56 e o Galaxy A57?
Não sei se era só eu que pensava isso, mas ao contrário do que os nomes podem dar a entender, o Galaxy A56 é significativamente mais potente do que o A07: ele traz um processador mais avançado, memória RAM maior e opções de armazenamento mais generosas, o que se traduz em desempenho mais fluido em multitarefa, jogos leves e aplicações exigentes. Em contrapartida, o Galaxy A07 foca no essencial do dia a dia, com um hardware mais modesto que atende bem às tarefas básicas, como navegação em redes sociais, vídeos e apps de comunicação, mas pode apresentar lentidão sob carga mais intensa.
Além do desempenho bruto, há diferenças perceptíveis nas telas e na construção. O Galaxy A56 oferece uma tela com melhor qualidade geral — com resolução mais alta, taxa de atualização mais suave e cores mais vivas —, proporcionando uma experiência mais agradável ao consumir mídia ou jogar. Já o A07, embora tenha uma tela adequada para o seu preço, oferece especificações mais simples, com resolução e taxa de atualização típicas de modelos mais acessíveis, o que se reflete em imagens menos nítidas e menos fluidez nas animações.
Outro ponto que separa os dois modelos está nas capacidades de câmera e bateria. O Galaxy A56 vem com um conjunto fotográfico mais versátil e avançado, geralmente com sensores adicionais e recursos de processamento de imagem superiores, o que melhora fotos em diferentes condições de luz. O Galaxy A07, por sua vez, possui um sistema de câmeras mais básico, suficiente para fotos pontuais e uso casual, mas sem o mesmo nível de detalhes ou recursos extras. No quesito bateria, ambos oferecem autonomia sólida para um dia de uso, mas o A56 pode se destacar por conta de otimizações do sistema e maior eficiência energética.
Essa meu pai tirou com o A56.
A experiência de uso dos meus pais
Meu pai pegou o Samsung Galaxy A56 para usar e, desde o primeiro contato, ficou surpreso com a sensação de que estava segurando um aparelho “mais caro do que realmente é”. A construção, com corpo sólido e acabamento bem alinhado, engana: mesmo com bordas de plástico que imitam metal, a impressão ao toque e ao olhar é a de um dispositivo acima da sua faixa de preço, algo que já começa bem o relacionamento com o celular antes mesmo de olhar para a tela.
E falando em tela, ele não poupou elogios: a Super AMOLED de 6,6 polegadas com taxa de atualização de 90 Hz brilhou — literalmente — em dias ensolarados. A visibilidade sob luz forte e as cores vibrantes transformaram o A56 em uma ótima opção não só para redes sociais, mas para consumo de conteúdo, vídeos e fotos. Aliás, o conjunto fotográfico foi o que mais chamou a atenção dele. Com uma câmera principal competente, ele passou dias registrando desde paisagens urbanas até fotos de bois (sim), sempre destacando a nitidez e o equilíbrio de cores do sensor principal. Os 256 GB de armazenamento foram motivo de alívio para ele.
Mais uma com o A56.
No campo da bateria, a experiência foi um pouco mais pé no chão. Apesar da generosa bateria de 5.000 mAh, meu pai notou que, com uso mais intenso (mensagens, navegação, fotos e vídeos), a autonomia se estabilizou em torno de um dia de uso. Nos primeiros dias, com uso mais leve, ele chegou a passar dois dias longe da tomada, mas essa margem foi diminuindo à medida que o cotidiano entrou no ritmo normal. Não houve nenhum app beberrão identificado nas configurações, o que sugere que o consumo maior foi uma combinação natural de uso real — algo que, em aparelhos dessa linha, é esperado até certo ponto.
Na outra ponta do teste, quem ficou com o Samsung Galaxy A07 foi minha mãe. O A07, claro, é um aparelho bem mais modesto, com foco no essencial. Ainda assim, ela elogiou a câmera principal de 50 MP, que entrega boas fotos em condições favoráveis de luz — uma surpresa positiva em um modelo tão acessível. A interface é simples, fluida no que se propõe e o telefone “faz o que precisa fazer”, como ela mesma resumiu.
Essa minha mãe tirou com o A07
Mas nem tudo foram flores. A quantidade de armazenamento e a bateria foram apontadas como pontos fracos. Diferentemente do A56, o A07 vem com capacidades menores de processamento e memória interna, e isso ficou claro no uso prolongado. “Se eu fosse usar isso aqui por mais tempo, ia precisar de mais espaço”, ela comentou. A recarga também rendeu críticas: com carregamento de 15 W, levar o aparelho de 0% a 100% exigiu mais paciência do que ela gostaria.
No fim das contas, os dois ficaram satisfeitos com suas escolhas — cada um no seu segmento. Para o meu pai, o Galaxy A56 impressiona por trazer elementos que parecem de um celular mais premium (tela, construção e câmeras) sem um preço que assuste (cerca de R$ 1.900 na média), mesmo com alguns compromissos em bateria e RAM. Para minha mãe, o Galaxy A07 surpreende pelo que entrega por aproximadamente R$ 600: um pacote honesto para o uso cotidiano com uma câmera principal respeitável.
Para finalizar, mas uma do A56.
Em resumo, os dois modelos mostram que a Samsung entendeu bem os diferentes públicos que busca atender: do usuário que quer boas fotos e fluidez por um preço justo ao usuário que só quer um smartphone confiável para o dia a dia, sem complexidades ou qualquer coisa que possa ser considerada luxo (até mesmo o 5G).
Créditos de imagens: Xataka Brasil
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