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Muitas empresas estão trazendo funcionários de volta ao escritório, mas CEOs de tecnologia descobriram como tirar proveito do home office

  • Muitos funcionários acham a prática positiva, mas as empresas costumam rejeitar o home office

  • Alguns CEOs de tecnologia, no entanto, perceberam que o trabalho remoto pode ser explorado para reduzir custos

Imagem | Yasmina H, Unsplash
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PH Mota

Redator
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PH Mota

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Jornalista há 15 anos, teve uma infância analógica cada vez mais conquistada pelos charmes das novas tecnologias. Do videocassete ao streaming, do Windows 3.1 aos celulares cada vez menores.

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Muitos líderes empresariais rejeitam o trabalho remoto por considerá-lo menos produtivo. Mas muitos funcionários defendem que o home office é muito mais flexível. Pesquisadores descobriram que as pessoas que trabalham de casa apresentam melhores resultados.

A nova tendência entre os CEOs de tecnologia é o chamado "talento sem fronteiras": isso significa que os executivos estão apostando no home office, mas ao mesmo tempo economizando dinheiro e recursos. No entanto, esse movimento não traz boas perspectivas para a Europa e a Alemanha como locais de trabalho.

Novos funcionários em home office

A expressão "talento sem fronteiras" se refere à prática de buscar e contratar talentos independentemente da localização geográfica. Como as empresas se tornaram muito mais flexíveis com o avanço do trabalho remoto, agora é possível contratar pessoas que vivem em outros países.

Graças ao trabalho remoto e à independência em relação a um escritório físico, as empresas começaram a procurar trabalhadores no exterior. Para muitas companhias, regiões como a Europa ou os EUA tornaram-se menos atrativas do que, por exemplo, América Latina ou África. Nessas regiões, além de leis trabalhistas mais flexíveis, os salários também são mais baixos.

Para as empresas, isso significa não apenas montar equipes mais competitivas e econômicas, mas também manter suas operações em funcionamento 24 horas por dia, uma vez que funcionários em outros fusos horários continuam trabalhando enquanto outros descansam.

No setor de tecnologia, isso é visto como uma grande vantagem. Jeremy Johnson, CEO da plataforma de talentos em tecnologia com suporte de IA Andela, afirmou ao site da CNBC:

Quando você entende que não precisa estar no mesmo escritório cinco dias por semana para construir uma cultura corporativa forte, sentir-se conectado à missão da empresa e resolver problemas complexos, começa a perceber que há excelentes profissionais em todo o mundo.

Outros especialistas consideram "o trabalho remoto e os talentos offshore indispensáveis para as empresas" (via entrepreneur.com).

Quais são as desvantagens dessa tendência?

Os empregadores podem contratar profissionais mais baratos em países com baixos salários. Isso pressiona os salários locais, o que é particularmente problemático em lugares de custo mais alto.

De acordo com o ranking mais recente da OCDE, a Alemanha, por exemplo, deixou de figurar entre os destinos mais atrativos para talentos internacionais, pois outros países oferecem condições de trabalho mais flexíveis ou custos salariais mais baixos.

E há outra desvantagem: o cumprimento das normas trabalhistas, sociais e tributárias em alguns países torna mais complexas as contratações transfronteiriças. Por motivos de economia, as empresas podem ser tentadas a escolher países com exigências regulatórias mais leves (via Haufe.de, arquivo PDF).

Imagem | Yasmina H, Unsplash

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