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Pesquisadores encontram árvore de 500 anos no Parque da Pedra Branca, Rio de Janeiro

Com altura semelhante à de um prédio de 13 andares, jequitibá-rosa é uma espécie rara e ameaçada de extinção

Pesquisadores da Fiocruz medindo circunferência da árvore. Créditos:  Divulgação/Fiocruz
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Laura Vieira

Redatora
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Laura Vieira

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Jornalista recém-formada, com experiência no Tribunal de Justiça, Alerj, jornal O Dia e como redatora em sites sobre pets e gastronomia. Gosta de ler, assistir filmes e séries e já passou boas horas construindo casas no The Sims.

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Você sabia que existem árvores na natureza que vivem nesta terra há muitos mais anos do que a gente? É o caso do jequitibá-rosa encontrado no Parque Estadual da Pedra Branca, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. A descoberta, feita por pesquisadores da Fiocruz Mata Atlântica, é de um raro jequitibá-rosa (Cariniana legalis), com idade estimada em 500 anos. Com 40 metros de altura, equivalente a um prédio de 13 andares, e sete metros de circunferência, a árvore é considerada uma das maiores do Rio e é importante para projetos de conservação e restauração da biodiversidade da região.

Jequitibá-rosa é gigantesco e muito antigo

Com aproximadamente 40 metros de altura e sete metros de circunferência, os pesquisadores estimam que o jequitibá tenha uma idade próxima de 500 anos. Ele está localizado a um quilômetro do interior da mata, a 200 metros de altitude, em uma área de acesso restrito. A conservação dessa árvore centenária só foi possível devido à proteção do Sítio Jequitibá-Rosa, mantido pelo pesquisador Carlos Sergio Raposo, onde outros exemplares também permanecem preservados.

A espécie da árvore é rara e está ameaçada

Exclusivo da Mata Atlântica, o jequitibá-rosa está ameaçado de extinção devido ao desmatamento e à exploração de madeira. Para evitar que desapareça, pesquisadores da Fiocruz Mata Atlântica coletaram sementes da árvore com o objetivo de produzir mudas e reintroduzi-las em áreas degradadas.

A descoberta integra as atividades do projeto Biota Pedra Branca, que mapeia a fauna e a flora da região. O programa também busca identificar patógenos presentes na floresta, criar um sistema de vigilância de zoonoses e desenvolver um monitoramento de longo prazo da biodiversidade.

O trabalho é realizado pela Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica (EBFMT), fundada em 2016. A unidade é pioneira no mundo por ter como missão a pesquisa na interface entre biodiversidade e saúde. Além disso, atua na restauração ecológica de áreas da Mata Atlântica dentro da Colônia Juliano Moreira, também na Zona Oeste do Rio.

O Parque Estadual da Pedra Branca é um patrimônio verde 

O Parque Estadual da Pedra Branca guarda o maior remanescente de Mata Atlântica da cidade, sendo a maior floresta urbana do mundo. Para se ter uma ideia, ela é quatro vezes maior que a Floresta da Tijuca inteira. A descoberta do jequitibá-rosa de 500 anos em seu território só reforça a importância da preservação da área, essencial para a vida silvestre em meio cidade.

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