Pelo bem da sua segurança, não use câmeras em casa

Confira três motivos para não instalar uma câmera de vigilância no interior de casa

Câmera de vigilÂncia. Créditos: Shutterstock
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Laura Vieira

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Laura Vieira

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Jornalista recém-formada, com experiência no Tribunal de Justiça, Alerj, jornal O Dia e como redatora em sites sobre pets e gastronomia. Gosta de ler, assistir filmes e séries e já passou boas horas construindo casas no The Sims.

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Câmeras de segurança são instaladas em casa para proporcionar mais controle, tranquilidade e segurança aos moradores. O que muitos não percebem é que, dependendo de como e onde esses dispositivos são usados, o efeito pode ser justamente o oposto

Mas calma! O problema não está na tecnologia em si, mas na forma como ela é aplicada. Quartos, banheiros, salas e corredores acabam sendo monitorados continuamente por dispositivos conectados à internet, a servidores externos e até empresas terceiras. O resultado é um volume de dados privados que vai muito além do que a maioria das pessoas imagina. 

A seguir, veja por que você não deve instalar câmeras em casa:

1) Elas registram silenciosamente muito mais do que você imagina

Câmeras de segurança em casa servem para trazer segurança, mas elas agem apenas quando algo dá errado. Na prática, elas registram a rotina inteira da casa, como os horários de saída e chegada, conversas cotidianas e até a presença de crianças. Esse monitoramento constante, no entanto, quase não é percebido pelos moradores, o que faz com que muitas pessoas subestimem o nível de intimidade dos dados registrados. 

O problema se torna ainda maior quando esses dispositivos são instalados em áreas internas. Quartos, salas e corredores passam a ser documentados a todo momento, transformando os comportamentos íntimos da família em registros permanentes.

2) As imagens não ficam só em casa e passam por servidores de terceiros

Grande parte das câmeras residenciais dependem de serviços de nuvem para funcionar. Isso significa que os vídeos e áudios não ficam armazenados apenas no dispositivo, mas são enviados para servidores externos, operados por empresas que nem sempre são claramente identificadas pelo usuário.

Nesse caminho, os dados podem ser processados, analisados ou compartilhados com terceiros. Mesmo sem intenção maliciosa, falhas contratuais, mudanças nas regras do serviço ou integração com outras plataformas podem ampliar o acesso a conteúdos sensíveis, retirando do morador o controle sobre o que acontece com essas imagens.

3) Falhas e invasões já expuseram transmissões privadas a estranhos

Câmeras conectadas à internet frequentemente sofrem bugs, falhas de segurança e ataques. Casos de invasores assistindo a transmissões ao vivo de ambientes privados já aconteceram e várias pessoas já tiveram imagens de casa acessadas por desconhecidos. Esses incidentes que reforçam as falhas de segurança de câmeras podem ocorrer por senhas fracas, atualizações mal implementadas ou vulnerabilidades no próprio sistema do dispositivo.


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