Crucial foi a porta de entrada ao mundo do PC para milhões de usuários; a IA acaba de colocar um ponto final em sua história

A prioridade do fabricante agora é o mercado de IA

Crucial, da Micron / Imagens: Micron
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Victor Bianchin

Redator
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Victor Bianchin é jornalista.

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A fabricante Micron acaba de anunciar que deixará de vender produtos de consumo sob a marca Crucial. A empresa informou que continuará enviando módulos de memória e unidades de armazenamento até o fim de seu segundo trimestre fiscal, em fevereiro de 2026, e que manterá o serviço de garantia para os dispositivos que já estão nas mãos dos usuários. Paralelamente, seguirá operando seu catálogo empresarial com produtos Micron para clientes comerciais. O anúncio veio acompanhado de uma explicação precisa: a companhia quer priorizar a atenção a segmentos onde a demanda cresce mais rapidamente.

Embora nunca tenha tido operação forte no Brasil, os produtos da marca são vendidos aqui por meio de importadores, varejistas online e marketplace (Amazon, Mercado Livre, Kabum!, Terabyte, etc.). Os principais clientes estão no segmento corporativo.

A mensagem de Sumit Sadana, vice-presidente executivo da Micron Technology: “O crescimento impulsionado pela IA nos data centers gerou um aumento repentino na demanda por memória e armazenamento. A Micron tomou a difícil decisão de sair do negócio de consumo da Crucial para melhorar o fornecimento e o suporte aos nossos maiores clientes estratégicos em segmentos de maior crescimento”.

A marca que cresceu com o PC doméstico

Desde seu lançamento em 1996, a Crucial se apresentou como o braço da Micron dedicado a atualizações de memória e armazenamento para o usuário doméstico. Com o passar dos anos, a marca entrou em mais categorias, como cartões de memória e unidades externas. Sua presença constante em lojas físicas e distribuidores online ajudou a consolidá-la como um nome familiar no mercado de componentes. Essa trajetória de 29 anos fica para trás com a decisão da Micron.

O auge da computação para IA gerou uma demanda por memória sem precedentes, especialmente por HBM, utilizada em aceleradores de NVIDIA, AMD e outras empresas. Esse tipo de componente exige processos de fabricação complexos e absorve grande parte da capacidade dos fabricantes, que concentram recursos em atender contratos empresariais.

Após anos de presença no canal de consumo, a Crucial deixa uma lacuna no mercado europeu que afeta sobretudo a variedade do catálogo disponível. Embora ainda existam alternativas, a saída de um fornecedor com uma presença tão constante significa menos opções na hora de escolher módulos de memória ou unidades de armazenamento.

Imagens | Micron | Nathan Anderson

Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.


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