Você não é paranoico, realmente tem microchips na sua comida; mas o motivo não é o que você pensa

Consórcio de queijos italiano incluiu chips nas cascas de queijos para garantir a autenticidade e rastreá-los | Imagem: Parmigianno Reggiano (Divulgação)
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Igor Gomes

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Igor Gomes

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Subeditor do Xataka Brasil. Jornalista há 15 anos, já trabalhou em jornais diários, revistas semanais e podcasts. Quando criança, desmontava os brinquedos para tentar entender como eles funcionavam e nunca conseguia montar de volta.

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Não é difícil encontrar teorias da conspiração que falem sobre a inclusão de microchips em alimentos, vacinas e até mesmo na água. Essas falácias geralmente dizem que esses micro aparelhos seriam utilizados para controlar a mente das pessoas, ou até levá-las ao inferno católico. Tudo isso é balela. Mas como toda mentira, há um fundo de verdade. Há um alimento que comprovadamente possui microchips, mas controle mental não tem nada a ver com isso. 

Luta contra o roubo

Em 2024, a BBC publicou uma matéria sobre o roubo de queijos. Esse tipo de crime tem crescido nos últimos vinte anos. Em 2016, um representante do consórcio Parmigianno Reggianno (um tipo de sindicato dos produtores de queijo das regiões de Parma, Reggio Emilia, Modena, Bologna à esquerda do Rio Reno e Mantua à direita do Rio Po) afirmou que US$ 7 milhões (R$ 40 milhões) em queijo foram roubados em um período de dois anos. 

As investigações apontavam que o laticínio roubado era desviado para a Rússia, que enfrentava e ainda enfrenta restrições devido às tensões com territórios vizinhos. O governo russo inclusive proibiu a venda de certos queijos e incentivou produtores russos a aprender as técnicas de produção para que pudessem substituir os laticínios em falta no mercado. Porém, o contrabando de queijo roubado ainda alimentava as prateleiras. Para rastear o destino deles, os produtores do consórcio começaram a colocar microchips comestíveis (de verdade) na casca dos queijos. 

Microchips casca grossa

Além de uma maneira de rastrear os queijos, esses microchips também são uma forma de garantir ao consumidor que ele não está comprando um produto extraviado. Eles são instalados na casca do queijo, como um complemento ao rótulo. Uma empresa holandesa que não teve o nome divulgado produz transponders microscópicos a partir de caseína, uma proteína presente no leite e no queijo. A partir deles, é possível conferir a origem, a qualidade, e a composição do queijo. As informações são armazenada em blockchains para garantir a confiabilidade dos rastradores.

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