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O erro comum que faz insetos sobreviverem ao inseticida — e o que você deve fazer para impedir isso

Espécies podem criar resistência

Usando insenticida | Fonte: Getty Images
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Vika Rosa

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Vika Rosa

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Jornalista com mais de 5 anos de experiência, cobrindo os mais diversos temas. Apaixonada por ciência, tecnologia e games.


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Você já notou que aquele inseticida que costumava eliminar os mosquitos ou as baratas em sua casa perdeu a eficácia? Isso não é um defeito do produto, mas sim um fenômeno evolutivo poderoso conhecido como resistência de insetos, e o principal culpado é o uso repetido do mesmo químico.

O erro mais comum no controle de pragas é aplicar incessantemente o mesmo produto. Isso cria uma pressão de seleção que, em vez de matar todos os insetos, permite que apenas os indivíduos geneticamente mais fortes e resistentes sobrevivam e se reproduzam.

O mecanismo de seleção natural em ação

A resistência é um exemplo claro de seleção natural acelerada. Toda população de insetos possui, naturalmente, alguns indivíduos que carregam uma mutação que os torna imunes ao mecanismo de ação de um determinado inseticida.

Quando você aplica o químico:

  1. A maioria dos insetos morre.
  2. Os poucos geneticamente resistentes sobrevivem.
  3. Esses sobreviventes se reproduzem, transmitindo seu gene de "imunidade".

Com o tempo, toda a população descende desses sobreviventes, tornando-se completamente resistente àquele princípio ativo. O produto se torna inútil. Esse mecanismo é acelerado por táticas bioquímicas nos insetos, como a produção de enzimas que quebram o inseticida antes que ele cause dano celular.

Como impedir a resistência de insetos

Para quebrar esse ciclo e garantir que o controle de pragas continue eficaz, a solução é a rotação de mecanismos de ação. É essencial olhar para o princípio ativo (o ingrediente químico) e não apenas para a marca.

Ao alternar entre produtos de diferentes grupos químicos (por exemplo, usar um produto à base de Piretróide em um mês e um Organofosforado no mês seguinte), você ataca as pragas de formas distintas, impedindo que apenas um tipo de resistência se estabeleça.

Além da rotação química, o Manejo Integrado de Pragas (MIP) é crucial. Ele envolve táticas não químicas mais eficazes:

  • Eliminação de criadouros (contra mosquitos).
  • Uso de barreiras físicas (telas e vedação).
  • Manutenção e limpeza constante do ambiente.

Adotando a rotação de produtos e métodos complementares, você protege a saúde de sua casa e garante que as pragas não evoluam mais rápido do que a sua capacidade de controlá-las.

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