Durante o ano de 2025, o Instituto Nacional de Migração (INM) negou a entrada no México a 19.992 estrangeiros, dos quais 70% (aproximadamente 14.175 pessoas) eram provenientes de países que participarão da Copa do Mundo da FIFA de 2026 ou que ainda buscam qualificação para o torneio. Desse percentual, os visitantes da Colômbia foram os que receberam o maior número de negativas.
Embora o INM não tenha especificado os motivos para as negativas de entrada em diversos aeroportos mexicanos, segundo o jornal La Jornada, o argumento no caso dos colombianos é de inconsistências em sua documentação. Como explica o jornal, antes do embarque, os viajantes devem apresentar passaporte e visto aos funcionários da companhia aérea e do consulado, quando solicitados.
Colômbia acusa México de maus-tratos
Em 2024, 100.490 estrangeiros tiveram a entrada negada, metade dos quais eram cidadãos colombianos. Isso levou mais de uma centena de pessoas afetadas a se manifestarem, forçando as autoridades mexicanas a tomarem medidas no início deste ano.
Em março, o governo de Gustavo Petro solicitou que o México investigasse 149 casos ocorridos em diversos aeroportos. Também enviou pelo menos 57 notas diplomáticas ao Ministério das Relações Exteriores acusando o governo mexicano de supostos maus-tratos a seus cidadãos que chegavam ao país.
Em seguida, em julho passado, o chefe do Instituto Nacional de Migração (INM), Sergio Salomón Céspedes, relatou uma reunião com o embaixador da Colômbia no México, Carlos Fernando García Manosalva, para tratar de questões da agenda bilateral relativas ao trânsito de colombianos pelo território mexicano. Em agosto, Manosalva observou que:
"Chegamos a acordos para que o controle migratório continue sendo exercido como parte da soberania mexicana, mas para que os colombianos possam vir com maior certeza de que serão admitidos".
Detenções de imigrantes ilegais
O Instituto Nacional de Migração (INM) também informou que, em 2025, deteve e iniciou processos de imigração contra 37.483 pessoas de países participantes da Copa do Mundo, que não conseguiram comprovar sua situação migratória. Isso representa 26% dos estrangeiros na mesma situação.
Segundo dados da Unidade de Política Migratória, em geral, as detenções de pessoas sem autorização legal para transitar pelo país reduziram o fluxo migratório em 86,5%. Entre 1º de janeiro e 30 de setembro deste ano, 135.224 pessoas foram detidas ao entrar ou durante o trânsito pelo território mexicano.
De acordo com o jornal La Razón, 2024 foi um ano recorde para detenções de imigrantes no país, com 1,2 milhão de apreensões. A maioria dos estrangeiros no país era da Venezuela, com 32.768 pessoas; seguidos pela Colômbia, com 11.048; Honduras, com 10.964; Cuba, com 9.695; El Salvador, com 9.243; e Equador, com 9.274.
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