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Parece que o jogo virou: CEO da Ryanair vai jantar em restaurante e é cobrado por "assento prioritário" e "espaço para as pernas"

Michael O’Leary, CEO da Ryanair, jantou em um restaurante na Irlanda e a noite transcorreu normalmente até chegar a conta

A conta de Michael O’Leary, CEO da Ryanair / Imagem: Wikimedia Commons, Luvida
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Victor Bianchin

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Victor Bianchin é jornalista.

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Michael O’Leary, CEO da Ryanair, foi jantar em um restaurante na Irlanda e acabou recebendo uma lição magistral de carma. Os proprietários do restaurante adicionaram à sua conta taxas por coisas esdrúxulas que mostram como a situação das tarifas aéreas está complicada. Xeque-mate.

Conforme relatou o britânico The Independent, o CEO da Ryanair saiu para jantar numa sexta-feira qualquer em um restaurante em Navan, uma cidade no condado de Meath, na Irlanda. A refeição no restaurante Luvida transcorreu sem grandes sobressaltos enquanto o milionário executivo degustava camarões empanados, torradas de cogumelos e robalo, tudo regado com um bom vinho.

Ao finalizar a degustação dos pratos e satisfeito com o jantar, o executivo pediu a conta, sem saber o que o aguardava do outro lado do balcão.

Ao receber a conta, O’Leary se deparou com alguns itens que chamaram sua atenção. Os pratos e bebidas consumidos somavam um subtotal de 104,45 euros (R$ 665). No entanto, a esse valor foram adicionadas algumas taxas extras, que aumentaram a conta em mais 37,85 euros (R$ 235).

O restaurante compartilhou a conta de O’Leary naquela noite em seu perfil no Facebook. Segundo o recibo, a divisão desses 37,85 euros incluía 7,95 euros por um suposto "espaço extra para as pernas" na mesa e 9,95 euros por um "assento prioritário". Além disso, havia uma cobrança adicional de 19,95 euros por uma "reserva em zona tranquila".

Para aumentar a brincadeira, no canto da nota, podia-se ler a indicação "Terminal 1", reforçando o paralelo com a experiência de aeroporto que a Ryanair oferece aos seus passageiros. O total da conta: 142,30 euros (R$ 900), valor que o executivo precisou pagar após o jantar.

Zoeira irlandesa com ironia britânica

Obviamente, esses não são itens habituais em um restaurante, já que se assume que sentar em uma cadeira minimamente confortável durante a refeição faz parte do serviço. No entanto, com uma afiada ironia britânica, a equipe do restaurante colocou O’Leary diante de um espelho sobre o tratamento que sua companhia dá aos clientes.

De fato, a companhia aérea já foi multada várias vezes por sua política de cobrar taxas extras pelo bagagem de mão, somadas a outros encargos e penalidades, como a escolha de assentos e até mesmo o embarque na última hora.

O’Leary levou na esportiva. Segundo veículos locais, o executivo reagiu com muito bom humor à brincadeira do serviço do restaurante. O que não se sabe é se O’Leary acabou pagando os encargos extras ou se eles permaneceram apenas na conta final, como acontece com as taxas cobradas dos passageiros da companhia aérea que ele dirige.

O que o bilionário fez foi posar de maneira simpática com a equipe do restaurante, que agradeceu a visita e a boa disposição do executivo. “Obrigado, Michael O’Leary, por ter escolhido jantar conosco esta noite. Foi um prazer recebê-lo. Espero que não se importe que tenhamos adicionado alguns encargos extras à sua conta por espaço adicional para as pernas, assentos prioritários na cabine e reserva em zona tranquila”, publicou o restaurante em seu perfil nas redes sociais.

Imagem | Wikimedia Commons, Luvida

Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.


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