Um agricultor empilhou 500 toneladas de batatas para quem quisesse levá-las de graça e um grande movimento aconteceu

  • Francês decidiu doar as toneladas de batatas que não conseguiu vender

  • Iniciativa atraiu pessoas que acumularam grandes quantidades e as revenderam

Imagens | Olivier Bacquet (Flickr) e Google Maps
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PH Mota

Redator
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Jornalista há 15 anos, teve uma infância analógica cada vez mais conquistada pelos charmes das novas tecnologias. Do videocassete ao streaming, do Windows 3.1 aos celulares cada vez menores.

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Gigny-Bussy é uma comuna no departamento de Marne, no nordeste da França. Geralmente, as pessoas que vão para lá o fazem apenas de passagem ou para apreciar suas paisagens e arquitetura em madeira. Recentemente, porém, sua principal atração foi outra coisa: uma enorme montanha gigantesca composta por mais de 500 toneladas de batatas empilhadas no meio de um campo.

Um agricultor não conseguiu encontrar um lugar para elas no mercado, então fez um alarde e tomou uma decisão peculiar: doá-las aos seus vizinhos.

Gigny-Bussy, uma comuna com menos de 300 habitantes, está nas manchetes por um motivo curioso: uma montanha de batatas disponível para quem quiser levá-las gratuitamente. O jornal francês L'Union, um dos primeiros a divulgar a notícia, estima que possa haver mais de 500 toneladas de tubérculos empilhados perto da D396, uma estrada que atravessa hectares de plantações.

Original

Se não é comum encontrar uma montanha de batatas empilhadas no campo, ao ar livre, é ainda menos frequente que essa pilha gigantesca esteja disponível para quem quiser levar os tubérculos para casa. Se isso aconteceu em Gigny-Bussy (Marne), deve-se basicamente a um agricultor local que, sem conseguir vender parte de sua colheita e para evitar que o produto apodrecesse sob o sol de verão, decidiu montar o maior bufê gratuito de batatas do mundo.

Não se sabe muito sobre o agricultor em questão, apenas que ele é de Aube, possui terras em Marne e se viu diante do dilema de o que fazer com as centenas de toneladas de batatas da última colheita que não conseguiu vender.

Manter as mercadorias no armazém custava-lhe dinheiro e a perspectiva de deixá-las apodrecer também não o convencia. Por isso, considerando que os tubérculos são comestíveis, decidiu empilhá-los perto de uma trilha para que quem precisasse pudesse retirá-los. Se sobrasse alguma coisa, seria espalhada pelos campos, como fertilizante.

Como as pessoas reagiram?

A notícia foi divulgada no final de julho e o monte gratuito de batatas esteve disponível por vários dias, o suficiente para que todos os tipos de pessoas se reunissem em Gigny-Bussy. Houve quem viesse encher alguns sacos, quem saísse com o porta-malas transbordando de tubérculos, relata o L'Union, que viu uma oportunidade de negócio de ética mais do que duvidosa.

"Aqueles que vieram antes de nós disseram que revendiam o que levavam a 15 euros por 20 kg. E vieram várias vezes esta semana", explica ao jornal um morador da região que afirmou coletar batatas apenas para consumo próprio.

Christophe, um homem de 68 anos que passava pela região de carro acompanhado da família, conta que ficou impressionado com a quantidade de pessoas no campo e decidiu se aproximar. "Vimos muitos carros em volta de um monte de batatas e pensamos: 'Por que não podemos aproveitar também?'." Dito e feito. Logo depois, ele encheu o porta-malas com a esposa, a filha e os netos.

Dylan, um homem de 30 anos de Saint-Dizier, explica que há alguns anos já conseguiu um lote de 600 kg que armazenou cuidadosamente no porão de sua casa, entre palha. "Está bem conservado, mas não tenho mais nada. Então, quando descobri que havia um aqui, vim me servir."

Christine, outra vizinha que se abasteceu em Gigny Bussy, explica que dias antes já havia colhido batatas em Sapignicourt em circunstâncias semelhantes. "É fantástico porque ajuda a evitar o desperdício e permite que todos se beneficiem", comemora. Há poucos dias, a France Info noticiou, por exemplo, o caso de um agricultor em La Gorgue que descobriu que a McCain rejeitou parte de sua colheita porque, em sua opinião, não atendia aos seus padrões de qualidade.

Diante da perspectiva de armazenar o produto excedente em seus armazéns até que se deteriorasse, o agricultor tomou uma decisão peculiar: ofereceu cerca de 50 toneladas de tubérculos para quem quisesse levá-los para casa. A única exigência era pagar antecipadamente uma "entrada" simbólica de dez euros, que dá direito a colher a quantidade de batatas que desejar. "É uma ótima iniciativa para os vizinhos. Além de ser um bom anúncio para ele, é um gesto simpático", confessa um morador.

Imagens | Olivier Bacquet (Flickr) e Google Maps

Via | Directo al Paladar


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