Os dois buraquinhos do pote de shoyu foram revolucionários, mas poucos sabem para que eles servem ou porque foram inventados

Entenda como um pequeno ajuste de design resolveu um problemão à mesa

frasco de shoyu. Créditos: Shutterstock
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Laura Vieira

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Laura Vieira

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Jornalista recém-formada, com experiência no Tribunal de Justiça, Alerj, jornal O Dia e como redatora em sites sobre pets e gastronomia. Gosta de ler, assistir filmes e séries e já passou boas horas construindo casas no The Sims.

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Algumas coisas parecem ser o que são sem nenhuma explicação. Um exemplo é o frasco de shoyu que, diferentemente de outros potes de molho, tem dois pequenos furos na tampa, quase imperceptível para os olhares desatentos. O objeto é discreto, funcional e aparentemente óbvio, mas esses furos têm um propósito muito claro e fazem toda a diferença no uso cotidiano, pois ajuda a controlar o fluxo do molho e a evitar desperdício à mesa.

Empresa redesenhou o frasco de shoyu para eliminar desperdício e respingos

Até os anos 1960, servir shoyu a mesa era muito menos simples do que parece hoje. Isso porque as garrafas disponíveis eram grandes, pouco práticas e quase sempre pingavam após o uso. Controlar a quantidade do molho desejado no prato era difícil, e a sujeira na mesa era quase inevitável. 

Tudo mudou quando a Kikkoman, marca japonesa líder mundial em shoyu, decidiu intervir e mudar a experiência do consumidor com o produto.  Eles mantiveram o mesmo conteúdo, mas convidaram Kenji Ekuan, um dos principais nomes do design industrial japonês, a criar algo que mudasse a forma como o shoyu era servido, mas que não chamasse muita atenção. 

servindo shoyu Hoje já existem alguns modelos de frasco de shoyu diferentes, pensados para regular o fluxo do molho com pressão. Créditos: Shutterstock

O desenvolvimento levou cerca de três anos e passou por mais de cem protótipos. Cada detalhe foi testado várias vezes, desde o ângulo do bico à espessura do vidro, do peso na mão à estabilidade sobre a mesa.

A solução final foi justamente os dois pequenos furos na tampa que permite a entrada controlada de ar, criando um equilíbrio de pressão que regula o fluxo do molho. Isso faz com que o shoyu saia de forma constante, sem espirrar e pare quando o frasco é reposicionado. O frasco praticamente “ensina” como deve ser usado, sem precisar de instruções.


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