Já imaginou olhar para o céu e se deparar com duas luas? Um novo estudo publicado pela Sociedade Astronômica Americana revelou a descoberta de 2025 PN7, um pequeno asteroide de cerca de 19 metros de diâmetro que passará a compartilhar a órbita da Terra pelos próximos 58 anos. Detectado recentemente por astrônomos do Havaí, o objeto foi caracterizado como uma “quase-lua” por seguir uma trajetória muito semelhante à do nosso planeta em torno do Sol. Embora não orbite diretamente a Terra, o movimento sincronizado cria a ilusão de que o céu ganhou uma segunda lua, ainda que seja invisível a olho nu.
Estudo revela a descoberta de uma “quase-lua”
A confirmação da existência do 2025 PN7 foi anunciada pela Sociedade Astronômica Americana, após observações feitas no telescópio Pan-STARRS, no observatório de Haleakalā, localizado no Havaí, em agosto deste ano. O objeto é bem pequenininho, com cerca de 19 metros de diâmetro, e pertence ao grupo de asteroides conhecido como Arjuna, caracterizado por órbitas muito próximas à da Terra.
Os cientistas acreditam que o 2025 PN7 acompanha o planeta há décadas, mas por ser bem pequeno, só agora pôde ser detectado devido aos avanços tecnológicos em telescópios e câmeras astronômicas. A pesquisa, liderada por dois irmãos astrônomos espanhóis, Carlos e Raúl de la Fuente Marcos, da Universidad Complutense de Madrid, na Espanha, descreve o fenômeno como um dos mais raros entre aqueles caracterizados como “quase-lua”, objetos que parecem orbitar a Terra, mas na verdade orbitam o Sol.
Segunda lua no céu não será visível a olho nu
Apesar da empolgação que a notícia gerou nas redes sociais, a nova “lua” não será visível a olho nu. Com magnitude 26, o brilho do 2025 PN7 é milhões de vezes mais fraco que o das estrelas visíveis a olho nu, tornando impossível enxergá-lo sem equipamentos , como telescópios profissionais. De acordo com os astrônomos, o pequeno asteroide percorre uma órbita em forma de ferradura, acompanhando a Terra a uma distância que pode variar de 300 mil a quase 300 milhões de quilômetros. Isso significa que só é possível observá-lo quando ele está por perto, como o que aconteceu em agosto no observatório de Haleakalā.
Fenômeno deve durar até 2083 e ajuda a entender a origem de objetos próximos da Terra
Os cálculos realizados pelos cientistas revelam que o 2025 PN7 permanecerá compartilhando a órbita da Terra por aproximadamente 58 anos, até se afastar gradualmente e desaparecer, lá por volta de 2083. Especialistas destacam que o estudo das quase-luas pode ajudar a revelar pistas sobre a origem de fragmentos rochosos que circulam no espaço próximo ao planeta.
 
  
     
     
    
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