Duas luas no céu? Astrônomos descobrem "lua" oculta que passará a compartilhar a órbita da Terra pelos próximos 58 anos

Asteroide 2025 PN7 foi detectado no Havaí e deve acompanhar a Terra até 2083, criando a ilusão de uma segunda lua

Lua no céu. Créditos:David Trood/GettyImages
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Laura Vieira

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Laura Vieira

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Jornalista recém-formada, com experiência no Tribunal de Justiça, Alerj, jornal O Dia e como redatora em sites sobre pets e gastronomia. Gosta de ler, assistir filmes e séries e já passou boas horas construindo casas no The Sims.

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Já imaginou olhar para o céu e se deparar com duas luas? Um novo estudo publicado pela Sociedade Astronômica Americana revelou a descoberta de 2025 PN7, um pequeno asteroide de cerca de 19 metros de diâmetro que passará a compartilhar a órbita da Terra pelos próximos 58 anos. Detectado recentemente por astrônomos do Havaí, o objeto foi caracterizado como uma “quase-lua” por seguir uma trajetória muito semelhante à do nosso planeta em torno do Sol. Embora não orbite diretamente a Terra, o movimento sincronizado cria a ilusão de que o céu ganhou uma segunda lua, ainda que seja invisível a olho nu.

Estudo revela a descoberta de uma “quase-lua”

A confirmação da existência do 2025 PN7 foi anunciada pela Sociedade Astronômica Americana, após observações feitas no telescópio Pan-STARRS, no observatório de Haleakalā, localizado no Havaí, em agosto deste ano. O objeto é bem pequenininho, com cerca de 19 metros de diâmetro, e pertence ao grupo de asteroides conhecido como Arjuna, caracterizado por órbitas muito próximas à da Terra.

Os cientistas acreditam que o 2025 PN7 acompanha o planeta há décadas, mas por ser bem pequeno, só agora pôde ser detectado devido aos avanços tecnológicos em telescópios e câmeras astronômicas. A pesquisa, liderada por dois irmãos astrônomos espanhóis, Carlos e Raúl de la Fuente Marcos, da Universidad Complutense de Madrid, na Espanha, descreve o fenômeno como um dos mais raros entre aqueles caracterizados como “quase-lua”,  objetos que parecem orbitar a Terra, mas na verdade orbitam o Sol.

Segunda lua no céu não será visível a olho nu

Apesar da empolgação que a notícia gerou nas redes sociais, a nova “lua” não será visível a olho nu. Com magnitude 26, o brilho do 2025 PN7 é milhões de vezes mais fraco que o das estrelas visíveis a olho nu, tornando impossível enxergá-lo sem equipamentos , como telescópios profissionais. De acordo com os astrônomos, o pequeno asteroide percorre uma órbita em forma de ferradura, acompanhando a Terra a uma distância que pode variar de 300 mil a quase 300 milhões de quilômetros. Isso significa que só é possível observá-lo quando ele está por perto, como o que aconteceu em agosto no observatório de Haleakalā.

Fenômeno deve durar até 2083 e ajuda a entender a origem de objetos próximos da Terra

Os cálculos realizados pelos cientistas revelam que o 2025 PN7 permanecerá compartilhando a órbita da Terra por aproximadamente 58 anos, até se afastar gradualmente e desaparecer, lá por volta de 2083. Especialistas destacam que o estudo das quase-luas pode ajudar a revelar pistas sobre a origem de fragmentos rochosos que circulam no espaço próximo ao planeta. 


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