A China acaba de dar um sinal claro de que o caça J‑20S está pronto para entrar em ação: já voa com insígnias de uma unidade operacional

Tudo indica que essa versão biposta do caça furtivo está entrando em serviço na 172ª Brigada Aérea

Modelo tem sido comparado ao F‑22 Raptor / Imagens: 163.com
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Victor Bianchin

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Victor Bianchin é jornalista.

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Não é a primeira vez que vemos um caça furtivo J‑20S voando, mas, desta vez há uma diferença fundamental. Segundo reportam a Newsweek e o site The War Zone, várias imagens recentes publicadas em plataformas chinesas mostram o modelo biposto com matrículas de cinco dígitos e a insígnia nacional na fuselagem. E tudo indica que essa unidade foi designada para a 172ª Brigada Aérea. Para a China, que há décadas vem preparando seu salto tecnológico em defesa, esse pode ser um passo muito importante.

Aparecem insígnias, pintura escura e sensores aprimorados

As imagens não mostram apenas o J‑20S com uma pintura mais escura, quase preta, mas também revelam mudanças estruturais. Sob o nariz, é possível ver uma versão redesenhada do sistema eletro-óptico de rastreamento, com uma cúpula mais compacta e cobertura de 360 graus, semelhante ao EOTS do F‑35.

O novo esquema de pintura mantém descobertas as bordas das superfícies móveis, as entradas de ar e a ponta do radomo. Embora Pequim não tenha fornecido detalhes, tudo indica uma melhora nas propriedades furtivas da aeronave, talvez com novos revestimentos absorventes de radar.

caça J‑20S

A existência do J‑20 biposto foi confirmada em 2021, quando um protótipo foi captado realizando testes de taxiamento em alta velocidade. Desde o início, ele tem sido comparado ao F‑22 Raptor, por seu design furtivo e sua orientação ao combate ar-ar.

Mas o surgimento de uma versão biposta, como mostram agora as imagens, introduz um elemento que nenhum caça ocidental de quinta geração possui atualmente em serviço. Nem o F‑22, nem o F‑35, nem o Su‑57 russo contam com uma variante de dois assentos em suas frotas operacionais.

caça J‑20S

Isso abre uma diferença notável. Enquanto os EUA e seus aliados apostam em caças monopostos com interoperabilidade em rede, a China aparentemente quer ampliar as capacidades de combate com esse modelo, incluindo um segundo operador, coordenar enxames de drones ou assumir tarefas táticas avançadas diretamente da própria aeronave. É uma abordagem diferente, que ainda não tem uma resposta direta no Ocidente.

Desde o primeiro voo do protótipo J‑20S, foram documentadas pelo menos mais cinco unidades, a última delas em março deste ano, segundo a War Zone. Tudo indica que a China tem refinado o projeto antes de ampliar sua produção. A grande questão agora é qual proporção essa versão biposta terá dentro da frota total de J‑20 — e qual será seu papel exato nas operações reais. Por enquanto, sabemos apenas da sua existência.

Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.

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