Um estudante de doutorado do Centro de Biologia da Academia Tcheca de Ciências e da Universidade da Boêmia do Sul conseguiu, pela primeira vez, fazer uma observação científica de um dos maiores roedores do mundo, o Mallomys istapantap, que até o momento só sabíamos da existência dele por conta de espécimes em museus.
František Vejmělka passou seis meses em Nova Guiné para tentar achar evidências do roedor até que conseguiu captar fotos e vídeos do roedor.
O rato-lanoso-subalpino foi identificado pela primeira vez em 1989 a partir de amostras de museus e desde então sua presença na natureza não tinha sido registrada. Mais de 30 anos depois, no entanto, Vejmělka fez o primeiro registro fotográfico raro, o que ajuda a entender mais sobre a espécie.
O estudante também conseguiu registrar as primeiras medições biométricas de espécimes machos e detalhes documentados sobre a dieta, parasitas, movimentos e comportamento diário do animal.
Reprodução/František Vejmělka
O rato-lanoso-subalpino está entre os maiores roedores murinos da Terra, vivendo apenas nas terras altas e íngremes da Nova Guiné, cobertas por florestas tropicais. A espécie é noturna, por isso tornando seu registro na natureza incrivelmente difícil, e sobrevive e caminha pela área pelas árvores, tendo uma dieta de apenas plantas.
"Se não fosse pelos caçadores indígenas que me acompanharam nas montanhas e me ajudaram a localizar os animais, eu nunca teria conseguido coletar esses dados", diz Vejmělka.
Ele revela que foi guiado pela comunidade local enquanto registrava e subia o Monte Wilhelm da base ao cume. Além do rato-lanoso-subalpino, Vejmělka também documentou e identificou geneticamente 61 espécies de mamíferos não voadores (roedores e marsupiais) encontrados ao longo da montanha.
Capa da matéria: Reprodução/František Vejmělka
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