Jurassic Park, um filme de ficção científica lançado em 1993 e dirigido por Steven Spielberg, é uma obra cinematográfica que encantou gerações e recebeu várias premiações desde a estreia. Baseado na história de dinossauros criados a partir de DNA pré-histórico, a trama deixou diversos espectadores, principalmente crianças e amantes de paleontologia, fascinados com a possível volta dessa espécie extinta há milhares e milhares de anos.
Contudo, essa esperança foi por água abaixo após uma bióloga molecular evolucionista norte-americana afirmar que o cenário de Jurassic Park é completamente impossível. Beth Alison Shapiro, professora Associada no Departamento de Ecologia e Biologia Evolucionária na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, tem o trabalho centrado na análise de DNA antigo e revelou por que isso não seria possível durante uma palestra realizada para a Colossal Biosciences, empresa americana de biotecnologia e engenharia genética. Confira a seguir o que disse a bióloga.
Dinossauros viveram há mais de 65 milhões de anos
Apesar de nunca terem existido na mesma época que os homo sapiens, os humanos sempre tiveram um certo deslumbramento pelos dinossauros. Afinal, eles são seres majestosos e completamente diferentes do que estamos acostumados a ver. É por isso que quando se pensa em desextinção, processo biológico e genético de trazer de volta espécies extintas, é quase impossível não pensar nessa espécie.
Extintos há mais de 65 milhões de anos, surpreendentemente, já existe muita informação sobre a espécie, mas isso é apenas uma pequena parcela de muitas coisas que ainda não se sabe. Muitas dessas informações são extraídas de evidências fósseis encontradas dos dinossauros durante escavações Mas e em relação ao DNA, uma dos pontos principais para recriar ou trazer de volta espécies extintas? É exatamente devido a esse detalhe que a bióloga acredita não ser possível a existência do Jurassic Park.
Entenda por que Jurassic Park é impossível de acontecer
Imagine só visitar um espaço cheio de espécie de dinossauros, exatamente como no filme Jurassic Park. A ideia pode parecer incrivelmente atrativa, mas em termos práticos, totalmente impossível de acontecer. Pelo menos é isso o que afirma a bióloga Beth. De acordo com ela, o DNA mais antigo já recuperado até agora foi de um espécime de mamute, entre 1 e 2 milhões de anos, uma diferença temporal muito grande em relação ao período de extinção dos dinossauros (65 milhões de anos).
Mas então por que não analisar o DNA presente nos fósseis encontrados da espécie? Diferentemente dos ossos, os fósseis de dinossauros são como se fossem rochas, e rochas não possuem DNA. Isso porque as rochas passam por um processo de fossilização ao longo de milhões de anos em que todo o material orgânico, como o DNA, é transformado em minerais. Isso significa que é impossível extrair o DNA desses fósseis e, consequentemente, realizar a sua desextinção.
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