A história é anônima e foi postada no Reddit. Tudo começou quando um funcionário, residente na costa leste dos Estados Unidos, conseguiu um cargo administrativo em uma empresa imobiliária de alcance internacional. Pouco antes de seu primeiro dia, a responsável que o havia contratado foi demitida. Resultado: ninguém lhe atribui tarefas nem o integra a uma equipe.
Quando ele chegou para seu primeiro dia, um funcionário de outro setor apenas lhe indicou sua mesa. Desde então, ele se acomoda sozinho em um espaço vazio, atrás da mesa de sua ex-superiora. Ao longo de várias semanas, tentou informar outros gestores sobre a situação, sem sucesso. Nenhum superior parece se importar com o que está acontecendo com ele.
Trabalhar (quase nada), receber, repetir
Apesar desse vácuo organizacional, o funcionário afirma continuar registrando presença regularmente: ele vai ao escritório três vezes por semana apenas para marcar presença e trabalha remotamente nos outros dois dias. Suas únicas tarefas? Criar planilhas sobre salários, que envia semanalmente ao seu superior — sem jamais ter recebido uma resposta. Isso leva no máximo 15 minutos por semana.
No restante do tempo, ele lê, assiste a vídeos... ou simplesmente não faz nada. Ele admite que nem sequer procura outro emprego remoto para preencher seus dias. “Sou um preguiçoso assumido. Nem esse trabalho eu tenho vontade de fazer, imagina um segundo? De jeito nenhum”, explica ele no Reddit.
Um caso isolado… ou sintomático?
Esse relato, que se tornou viral, revela uma falha organizacional flagrante. No entanto, casos assim não são raros. Empresas como a Meta já foram acusadas de contratar engenheiros durante a pandemia e jamais lhes atribuir qualquer tarefa, apenas para impedi-los de ir para a concorrência.
O caso desse funcionário levanta uma questão: como uma empresa pode ignorar a existência de um empregado durante vários meses? Ele coloca em xeque a gestão de recursos humanos, mas também a lógica de certos processos de contratação em massa em grandes estruturas, onde uma peça pode desaparecer sem que a máquina perceba.
Enquanto espera ser talvez “descoberto”, nosso funcionário fantasma aproveita sua sorte inusitada. Bem pago, sem obrigações nem responsabilidades, ele se tornou, ainda que involuntariamente, o improvável símbolo de um capitalismo que às vezes se esquece de si mesmo.
Imagem: Glenn Carstens-Peters (Unsplash)
Este texto foi traduzido/adaptado do site JV Tech.
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