A marca brasileira Lecar deixou no palco do Salão do Automóvel 2025 um de seus conceitos, a Campo, o tempo todo no palco durante sua apresentação. Aliás, no maior estilo “indústria brasileira”, a apresentação começou com um clipe mostrando as máquinas da Lecar nas ruas e estradas brasileiras alternando cenas de futebol e outras coisas brasileiras.
Flávio Figueiredo, fundador e CEO da empresa, subiu ao palco ao lado da Campo para falar (bastante) sobre os desafios de criar um veículo brasileiro e também sobre como utilizar o etanol como uma matriz de energia muito mais limpa do que outras exploradas no resto do mundo.
Ele citou a possibilidade de transferência de tecnologia com marcas chinesas como WEG e Horse para, se tudo der certo, até compartilhar fábricas e construir carros por aqui.
Os modelos apresentados são híbridos flex: o SUV coupé 459, a já citada picape Campo e o Tático, “um Troller melhorado”, nas palavras do CEO. E a ideia é que esse carro, e a tecnologia híbrida flex, sejam “produtos globais”. Do carro, porém, só tivemos uma arte sem muitos detalhes, mostrando uma silhueta realmente bem parecida com o antigo SUV brasileiro. No site da montadora existem outras artes, mas vale lembrar que são montagens e não um carro de fato.
Este é o Tático, segundo a projeção da Lecar.
O próprio Figueiredo brincou com o feito de apresentar o terceiro carro sem ter lançado nenhum, mas diz que as peças dos projetos são, em sua maior parte, iguais. Ou seja, o custo dos projetos não muda tanto e eles ampliam o leque do que poderão entregar.
Rodrigo Rumo, o VP de Marketing e Inovação da Lecar, falou sobre rede de concessionárias (que deve começar a existir ainda em 2025) e divulgou um projeto de trabalhar com lojas de carros usados, com o programa “compra programada”, com parcelas a partir de R$ 2200,00 por mês.
Sobre a fábrica, tudo o que tivemos foi a maquete da possível fábrica no Espírito Santo. O CEO diz que ela deve começar a operar no ano que vem, “com tecnologia chinesa”.
No fim, o Figueiredo exaltou Gurgel, pioneiro do carro brasileiro. E reforçou que ele e a Lecar não desistirão nunca, “como brasileiros” e que voltarão “no próximo salão, daqui cinco e daqui a 10 anos” também.
Créditos de imagens: João Paes Neto para Xataka Brasil e Lecar
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