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Quanta memória e poder de processamento tem, afinal, o comandante Data de Star Trek?

A nave estelar Enterprise estava, em termos de tecnologia, muitas vezes à frente de seu tempo. Mas isso também vale para o Data?

Data, de Star Trek / Imagem: Reprodução
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Victor Bianchin

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Victor Bianchin é jornalista.

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Quem já assistiu a Star Trek: The Next Generation (Jornada nas Estrelas – A Nova Geração) conhece o andróide Tenente-Comandante Data.

De certo modo, Data é o sucessor de Spock de Star Trek: The Original Series (Jornada nas Estrelas), que possui habilidades mentais superiores e, por sua condição de forasteiro, oferece repetidamente uma perspectiva interessante sobre a humanidade. A superioridade de Data em muitas áreas se baseia no fato de ele ser uma máquina inteligente.

Mas você já se perguntou qual é, de fato, o poder de processamento e a capacidade de armazenamento de Data?

Data tem tanta memória quanto um pen drive?

Essa pergunta é respondida no episódio 9 da segunda temporada, “A quem pertence Data?”. Ele foi exibido pela primeira vez em fevereiro de 1989 e é considerado um dos melhores de toda a série.

Resumindo: o ciberneticista Bruce Maddox quer levar Data, desmontá-lo e copiar seu cérebro positrônico para criar mais androides semelhantes a ele.

O capitão Picard e sua tripulação tentam impedir isso. Uma audiência, em que o comandante Riker fica frente a frente com Data, deve decidir a quem Data pertence ou se ele é um ser autônomo e senciente.

Em determinado momento, o comandante Riker pergunta: “Comandante, qual é o tamanho de sua memória e com que velocidade o senhor pode processar informações?”.

A resposta de Data: “I have an ultimate storage capacity of 800 quadrillion bits. My total linear computation speed has been rated at 60 trillion operations per second.”

“800 quadrillion bits” se traduz como 800 quatrilhões de bits. Isso equivale a 100 petabytes. Atualmente, apenas servidores com muitos discos rígidos atingem essa escala de armazenamento. Ainda estamos longe de ter um único disco rígido que alcance a faixa dos petabytes.

No século 24, porém, tamanhas capacidades não devem ser problema, desde que a densidade de armazenamento por unidade de área continue evoluindo de forma semelhante ao que vimos nas últimas décadas.

Poder de processamento de Data

Já a velocidade de processamento de Data, 60 trilhões de operações por segundo, é bem interessante.

Para ter uma ideia aproximada: uma Nvidia GeForce RTX 4090 atinge, nominalmente, 82,58 TFLOPS, ou seja, 82.580.000.000.000 — em palavras, 82,58 trilhões de operações de ponto flutuante por segundo.

Isso significa que, ao menos teoricamente, uma RTX 4090 é mais poderosa que o comandante Data. Mesmo que os TFLOPS só possam ser comparados de forma precisa dentro de uma mesma arquitetura de processador, eles ainda oferecem uma noção geral de desempenho.

No entanto, é questionável comparar as operações altamente paralelizadas de uma placa de vídeo com operações sinápticas (semelhantes às de um cérebro humano).

Caso o cérebro positrônico de Data funcione de maneira parecida com sistemas modernos de IA e utilize aprendizado de máquina, a comparação com placas de vídeo faz sentido.

A propósito, a capacidade de processamento do cérebro humano é estimada de forma bem variada: os números vão de 10 trilhões a 100 quatrilhões de operações por segundo.

Este texto foi traduzido/adaptado do site Game Star.


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