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Os hábitos espartanos de 2.500 anos atrás ainda valem para a produtividade

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Sofia Bedeschi

Redatora
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Sofia Bedeschi

Redatora

Jornalista com mais de 5 anos de experiência, gamer desde os 6 e criadora de comunidades desde os tempos do fã-clube da Beyoncé. Hoje, lidero uma rede gigante de mulheres apaixonadas por e-Sports. Amo escrever, pesquisar, criar narrativas que fazem sentido e perguntar “por quê?” até achar uma resposta boa (ou abrir mais perguntas ainda).

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Em toda a Grécia Antiga não existiu um exército mais temido que o da cidade-estado de Esparta. Os hippeis (a guarda pessoal do rei, formada por 300 hoplitas) eram guerreiros de elite escolhidos todos os anos entre os mais disciplinados e bem preparados, tanto física quanto mentalmente.

Mesmo hoje, as tropas de Esparta continuam sendo admiradas justamente por essas qualidades. Pensadores modernos, como Donald J. Robertson, autor do artigo A filosofia espartana da vida, acreditam que é possível aprender algumas lições com eles e aplicá-las em várias áreas da vida, como a produtividade.

Cinco pontos da filosofia espartana para aplicar no dia a dia

Robertson destacava que algo nos antigos guerreiros espartanos que chama atenção há séculos é a lendária autodisciplina e o código de honra. Tanto que obras literárias e audiovisuais, como o filme 300 de Zack Snyder, mantêm viva a fascinação por esse ideal de soldados. A seguir, estão cinco chaves espartanas para alcançar suas metas.

Aprenda com o passado, mas foque no presente

Os espartanos viviam no presente, sem se lamentar pelo passado ou se distrair com o futuro. Segundo a revista Psicología y menteum dos bloqueios para agir no presente é o chamado viés do status quo, a tendência de manter tudo como está e evitar riscos, mesmo que novas opções possam ser mais benéficas.

Pesquisas como a de Antoine Bechara e Hanna Damasio, publicadas na revista Science sobre tomada de decisão e o impacto do lobo frontal, mostram que emoções ligadas a experiências passadas influenciam as escolhas futuras. Por isso, focar no presente facilita uma postura aberta à mudança e favorece o crescimento pessoal.

Hoplitas espartanos em uma ânfora de 420 a.C. Imagem | Wikimedia Commons. Hoplitas espartanos em uma ânfora de 420 a.C. Imagem | Wikimedia Commons.

Abrace o desconforto

Os espartanos treinavam em condições extremas porque sabiam que a comodidade é inimiga do progresso. Hoje, isso significa sair da zona de conforto, aceitar novos desafios, assumir responsabilidades e aprender a lidar com o estresse em vez de fugir dele. Nassim Taleb, autor de O cisne negro e Antifrágil, lembra que os desafios ajudam as pessoas a desenvolver novas habilidades e se tornarem profissionais melhores.

Desenvolva uma mentalidade de crescimento

Para os espartanos, cada batalha era uma chance de melhorar. No presente, essa mentalidade significa encarar erros e fracassos como lições para evoluir. Carol Dweck, psicóloga e professora da Universidade de Stanford, define essa atitude como o oposto de acreditar que errar ou ter de se esforçar muito é sinal de incapacidade.

Empresários como Bernard Arnault, CEO da Louis Vuitton Moët Hennessy, e Bill Gates encaram os fracassos como parte do aprendizado. Eles sabiam que qualquer pessoa pode errar, mesmo tentando reduzir os impactos. Continuar tentando e superar os fracassos faz parte dessa mentalidade de crescimento.

Pratique a autodisciplina

Os espartanos eram extremamente disciplinados e seguiam regras rígidas para manter a força. A autodisciplina continua sendo essencial para atingir qualquer objetivo, seja criando uma rotina de horários ou evitando distrações digitais.

Pesquisas da Universidade da Pensilvânia mostram que a autodisciplina tem mais impacto no desempenho escolar de adolescentes do que habilidades inatas, como o QI.

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Mente sã em corpo são

O exercício não apenas melhora a saúde, como também aumenta a concentração, a criatividade e a resiliência — algo que os espartanos já sabiam. Atividades físicas simples, como caminhar meia hora por dia, trazem diversos benefícios ao cérebro.

Elas estimulam a produção de dopamina e endorfina, reduzindo o cortisol, hormônio do estresse. Além disso, ajudam o cérebro a entrar em um estado de abstração que facilita a conexão de ideias, estimula o pensamento criativo e fortalece a memória.

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