Legolas, um personagem-chave no épico cinematográfico O Senhor dos Anéis, mal diz quatro palavras para Frodo, apesar de nove horas de missões, batalhas e interações no cinema e muito mais na versão estendida.
Quatro palavras para um momento fugaz
Na trilogia "O Senhor dos Anéis", de Peter Jackson, Legolas, o elfo taciturno, se dirige a Frodo com uma única frase de quatro palavras: "E com meu arco". Essa breve troca ocorre durante o Conselho de Elrond, no início de "A Sociedade do Anel", quando os membros da Sociedade juram proteger e destruir o Um Anel. É a única fala que o personagem profere a Frodo ao longo do filme, mesmo nas edições estendidas da trilogia. Essa escassez de palavras, segundo os fãs, reflete a falta de familiaridade entre os dois personagens ao longo da aventura.

Uma Obra-Prima da Adaptação Cinematográfica
A trilogia adaptada dos romances de J.R.R. Tolkien abrange três volumes lançados entre 2001 e 2003: "A Sociedade do Anel", "As Duas Torres" e "O Retorno do Rei". Impulsionada por um elenco prestigiado — Elijah Wood (Frodo), Ian McKellen (Gandalf), Viggo Mortensen (Aragorn), Orlando Bloom (Legolas), Liv Tyler, Sean Astin, entre outros — e pela visão ambiciosa de Peter Jackson, a obra foi elogiada por sua rica cenografia, efeitos especiais poderosos, temas profundos (camaradagem, sacrifício, luta contra o mal) e relativa fidelidade ao material original, apesar de alguns desvios.
Comercialmente, a trilogia foi um triunfo. Arrecadou quase US$ 2,9 bilhões (cerca de R$ 15,5 bilhões na cotação atual) em todo o mundo, contra um orçamento estimado em cerca de US$ 281 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão), segundo dados divulgados. Só "O Retorno do Rei" arrecadou mais de um bilhão de dólares, tornando-se um dos maiores sucessos da história do cinema de fantasia. A recepção da crítica não foi exceção: os filmes são frequentemente citados entre as maiores realizações do gênero fantasia no cinema.
A trilogia "O Senhor dos Anéis", por exemplo, recebeu 17 Oscars de 30 indicações. Os críticos elogiaram, particularmente, a direção de arte, a cinematografia, a trilha sonora de Howard Shore e o elenco; porém, alguns comentaram que certos personagens secundários careciam de profundidade e que a adaptação fez escolhas que simplificaram a obra de Tolkien.
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