Novo estudo sugere que esta simples e gratuita atitude pode diminuir a velocidade do desenvolvimento de Alzheimer

Atividade física moderada pode retardar o declínio cognitivo em até três anos

Getty Images/Twenty47studio
Sem comentários Facebook Twitter Flipboard E-mail
barbara-castro

Bárbara Castro

Redatora
barbara-castro

Bárbara Castro

Redatora

Jornalista com pós-graduação em Cinema que passava as tardes vendo Cartoon Network e History Channel quando criança. Coleciona vinis, CDs e jogos do Nintendo DS e 3DS (e estantes que não cabem mais livros). A primeira memória com um computador é de ter machucado o dedo em uma ventoinha enquanto um de seus pais estava montando um PC.

77 publicaciones de Bárbara Castro

Um novo estudo publicado pela Nature Medicine sugere que aumentar um pouco mais o número de passos por dia pode retardar a evolução da doença de Alzheimer para aqueles diagnosticados, mas ainda não apresentam sintomas mais avançados. 

Apenas 3 a 5 mil passos pode retardar o desenvolvimento da doença em até 3 anos (ou mais), enquanto aqueles que fazem de 5 a 7,5 mil passos podem apresentar um retardo de até 7 anos da doença. Além de fazer com que a doença não evolua tão rapidamente, há ainda outros estudos que apontam que uma atividade física moderada também ajuda o coração

“A conclusão muito encorajadora é que mesmo um pouco de exercício parece ajudar”, diz Wai-Ying Wendy Yau, médica e cientista especializada em distúrbios de memória na Harvard Medical School, em Boston, Massachusetts, e coautora do estudo. 

A boa notícia é que o estudo sugere que não é necessário andar os 10 mil passos por dia, como recomendado pela Organização Mundial da Saúde

O estudo contou com 296 participantes que não apresentavam sinais de comprometimento cognitivo no início e ao longo de 14 anos foram observados enquanto andavam cerca de 3 a 5 mil passos por dia.

Pessoas com maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer apresentam um acúmulo anormal de duas proteínas: beta-amiloide e tau. Ainda não se sabe como essas duas proteínas estão ligadas, mas normalmente os níveis de beta-amiloide começam a aumentar primeiro, seguidos pelos níveis de tau. Consequentemente, o declínio cognitivo parece estar mais ligado acúmulo de tau.

Ao longo do estudo, pessoas que tinham Alzheimer apresentaram resultados positivos em relação à quantidade de passos dado por dia, retardando o declínio cognitivo em 3 a 7 anos em comparação com participantes sedentários. Imagens dos cérebros revelaram que níveis mais elevados de atividade física retardaram o acúmulo de tau.

Capa da matéria: Getty Images/Twenty47studio

Inicio