Trump decretou o fim da linha para a ISS: o plano agora é entregar a órbita para empresas privadas e focar em energia nuclear lunar

Construção de reatores nucleares na Lua é parte do plano oficial

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Vika Rosa

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Jornalista com mais de 5 anos de experiência, cobrindo os mais diversos temas. Apaixonada por ciência, tecnologia e games.


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Em uma de suas primeiras medidas após a posse do novo administrador da NASA, Jared Isaacman, o presidente Donald Trump assinou a ordem executiva "Garantindo a Superioridade Espacial Americana". O documento estabelece metas agressivas para os próximos três anos, consolidando a transição da exploração espacial para o setor comercial e definindo o ano de 2030 como o marco final para a atual presença governamental na órbita baixa da Terra.

A nova diretriz reafirma o compromisso de aposentar a Estação Espacial Internacional (ISS) até 2030, incentivando a iniciativa privada a desenvolver estações comerciais que possam substituí-la. O objetivo é que a NASA deixe de ser a gestora de moradias espaciais para se tornar apenas uma cliente de empresas privadas.

Nova corrida espacial?

A administração estabeleceu o ano de 2028 como o prazo final para o retorno de astronautas americanos à superfície lunar através do Programa Artemis. No entanto, o plano vai muito além de uma simples visita. O governo quer estabelecer os elementos iniciais de um posto avançado permanente na Lua até 2030, servindo de base para a futura exploração de Marte.

Para sustentar essa presença de longo prazo, a ordem executiva prioriza uma tecnologia ambiciosa: a instalação de reatores nucleares na superfície lunar e em órbita. O plano prevê que um reator de superfície esteja pronto para lançamento já em 2030, garantindo energia constante para as bases que não podem depender exclusivamente da luz solar.

Foco em comercialização e cortes na ciência

A nova política também marca uma mudança na forma como a NASA faz negócios. O governo prioriza agora contratos de "soluções comerciais" em vez dos tradicionais e custosos contratos de custo acrescido. A ideia é usar foguetes e tecnologias desenvolvidas por empresas como SpaceX e Blue Origin para reduzir despesas e acelerar os cronogramas.

Por outro lado, o documento gerou preocupação na comunidade científica por omitir planos detalhados para missões de ciência espacial e exploração de Marte a curto prazo. 

Fontes indicam que, ao descobrir que uma missão tripulada a Marte não seria possível durante seu mandato, o interesse do presidente pelo Planeta Vermelho esfriou, focando os recursos na Lua e na infraestrutura comercial próxima à Terra.

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