O dia em que o Sol vai "desligar" por 7 minutos: a ciência por trás do eclipse mais longo da história que poderá ser observado no Brasil

Alinhamento raro entre Sol, Lua e Terra proporcionará um espetáculo de 7 minutos e abrirá portas para novas descobertas científicas

Eclipse solar total. Créditos: 	Heather Paul/GettyImages
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Laura Vieira

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Laura Vieira

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Jornalista recém-formada, com experiência no Tribunal de Justiça, Alerj, jornal O Dia e como redatora em sites sobre pets e gastronomia. Gosta de ler, assistir filmes e séries e já passou boas horas construindo casas no The Sims.

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Um eclipse solar total de longa duração vai proporcionar um verdadeiro espetáculo no céu e, felizmente, poderá ser visto no Brasil. A grande questão é que o fenômeno só irá acontecer em 2186, daqui a 161 anos. Com recorde de duração de 7 minutos e 29 segundos, o eclipse vai transformar o dia em noite, deixando o céu em uma escuridão total. Além disso, o eclipse também vai trazer novidades para a astronomia, abrindo caminho para descobertas científicas sobre o Sol, sua coroa e a influência que exerce sobre o sistema solar.

Entenda o que torna esse eclipse diferente de todos os outros

Mas afinal, o que tem de tão especial nesse eclipse? O eclipse total de 2186 entrará para a história por ser o mais longo já registrado, com 7 minutos e 29 segundos. Isso só era possível pois a Lua estará próxima do seu apogeu, ponto de órbita em que se encontra mais distante da Terra. Nessa posição, o movimento da Lua é mais lento, fazendo com que a sombra avance devagar sobre a superfície terrestre. Além disso, o alinhamento raro entre o Sol, a Lua e a Terra vai aumentar a duração do fenômeno.

Mas não pense que esse é o único eclipse considerado especial. Já tiveram outros na história que se destacaram na ciência, como o de 1919, por exemplo, um dos mais longos da história até então, com 6 minutos de totalidade. Devido a ele, a teoria da relatividade de Einstein foi confirmada

Onde será possível assistir ao fenômeno?

Assistir um eclipse é uma experiência incrível, mas nem sempre é possível. Tudo vai depender da região em que você está e se o fenômeno poderá ser visto nesse local. Felizmente, o eclipse solar de 2186 não ficará restrito a uma única região do planeta. Astrônomos estimam que sua faixa de totalidade poderá atravessar três grandes regiões, como América do Sul, continente africano e partes do Oceano Atlântico.

No Brasil, mesmo quem não estiver exatamente no caminho central, poderá presenciar o fenômeno de forma parcial. Ou seja, milhões de pessoas vão ter a chance de observar esse espetáculo raro que, devido sua duração e intensidade, será considerado especial na história da astronomia.

Veja como observar um eclipse solar com segurança

Mulher observando o céu com óculos apropriado para eclipses. Crédito: 	Spiderplay/ GettyImages Os óculos para eclipse são específicos para observação, geralmente feitos com lentes de solda número 14 ou maior, pois contém proteção contra raios UV e infravermelhos. Crédito: Spiderplay/ GettyImages

Assistir a um eclipse é uma experiência inesquecível, mas também exige cuidados. A Nasa, agência espacial do governo dos Estados Unidos, recomenda não olhar diretamente para o Sol sem proteção, pois isso pode causar danos à visão, como cegueira parcial ou total. Por isso, por mais tentador que seja olhar diretamente para o espetáculo, a recomendação é utilizar óculos especiais para eclipses, que devem seguir a certificação internacional ISO 12312-2.

Isso porque óculos de sol comuns não são seguros para esse tipo de atividade, já que não filtram a radiação solar nociva. Além dos óculos especiais, existem outras alternativas, como projetores solares e telescópios equipados com filtros aprovados para esse tipo de observação. 

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