Brasileira Tamara Klink faz história e se torna 1ª latino-americana a cruzar sozinha uma das rotas marítimas mais perigosas e históricas do mundo

Velejadora estava acompanhada do pequeno veleiro "Sardinha"

(Marin Le Roux/National Geographic)
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Bárbara Castro

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Bárbara Castro

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Jornalista com pós-graduação em Cinema que passava as tardes vendo Cartoon Network e History Channel quando criança. Coleciona vinis, CDs e jogos do Nintendo DS e 3DS (e estantes que não cabem mais livros). A primeira memória com um computador é de ter machucado o dedo em uma ventoinha enquanto um de seus pais estava montando um PC.

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A velejadora brasileira Tamara Klink se tornou a primeira latino-americana e mulher mais jovem a cruzar a travessia Passagem Noroeste do Ártico (Groelândia ao Alasca) sozinha. Klink navegou 6.500 Km e concluiu em 21 de setembro. 

Aos 28 anos, Tamara, que também é filha do velejador Amyr Klink, desafiou-se a si mesma ao viajar sozinha pela rota que une os oceanos Atlântico e Pacífico. Com ela estava somente o Sardinha, o veleiro que também a acompanhou em 2020 e 2021 quando atravessou o Atlântico da Noruega até o Brasil — também se tornando a mais jovem latino-americana a realizar o feito. 

Desde o século 16, a Passagem Noroeste é historicamente complicada pela abundância de gelo presente na água. Além disso, ela é marcada pelo desaparecimento do barco de Sir. John Franklin e seus 128 marinheiros, em 1847. Por conta disso, várias expedições para achar o barco foram feitas ao longo dos anos, o que possibilitou o mapeamento da região. 

(Reprodução/National Geographic/Jorge Brivilati)

Considerado uma das rotas mais difíceis do Ártico, Tamara se aventurou por uma região congelada de navegação desafiadora, sem chuveiro ou água corrente e com o constante pensamento de ser congelada caso caísse no oceano ou tirasse o casaco. No entanto, a velejadora revelou que por conta do aquecimento global e o derretimento do gelo na passagem, a rota se tornou um pouco mais fácil. 

“A Passagem Noroeste mudou muito ao longo do tempo e já foi possível fazer essa travessia caminhando pelo mar congelado. Depois, somente grandes barcos com quebra-gelo foram se aventurando em viagens muito difíceis. Hoje, com o aquecimento global e a redução do gelo marinho, consegui fazer essa jornada com um pequeno veleiro, um exemplo real dessa grande mudança no planeta”, disse ao National Geographic.


Capa da matéria: Marin Le Roux/National Geographic

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