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A Austrália estava otimista sobre os minerais de terras raras espanhóis, mas não contava com um problema: os incêndios

O risco de incêndio na Andaluzia é muito alto, o que freia qualquer exploração ou pesquisa

Minérios de Jaén / Imagem: Jaén Hoy
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Victor Bianchin

Redator
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Victor Bianchin

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Victor Bianchin é jornalista.

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A crescente demanda por terras raras e minerais críticos para a indústria tecnológica levou uma empresa australiana até o distrito mineiro de Linares-La Carolina, em Jaén, na Espanha. A previsão é investigar uma área de cerca de 86 quilômetros quadrados em busca de minerais que, na forma de zircônio, háfnio e outras terras raras, estão impulsionando tecnologias como baterias, veículos elétricos e a transição energética, mas que, devido à dependência de países como a China e à escassez desses materiais, transformaram esse crescimento em um gargalo.

Apesar dos indícios desses minerais na região de Jaén, ainda não existem minas ou explorações em operação na área, apesar do evidente impulso da Secretaria de Indústria, Energia e Minas da Andaluzia. A riqueza, os empregos e o desenvolvimento regional que esse tipo de mineração poderiam gerar são consideráveis, o suficiente para justificar esforços importantes nesse sentido, mas, em busca desse objetivo, a Austrália se deparou com um problema: o risco de incêndios que mantém a Andaluzia em alerta.

O risco de incêndio em relação às minas de Jaén

Além das proibições vigentes até 15 de outubro sobre realizar queimadas, fazer churrascos, circular fora das trilhas, acampar em áreas não autorizadas e descartar pontas de cigarro, há também o impedimento de qualquer exploração ou trabalho que possa representar risco de incêndio. Isso inclui, inclusive, as próprias pesquisas encarregadas de determinar se existem minerais de qualidade suficiente para dar sinal verde ao projeto.

Situada em uma das áreas com os maiores índices de risco de incêndio, a situação de Jaén é considerada de risco muito alto devido às altas temperaturas e à vegetação seca resultante de verões cada vez mais longos. Somente quando esse nível baixar, e após um período prudencial, será possível ativar os planos de perfuração, entrada de veículos pesados e uso de explosivos necessários para iniciar a prospecção.

O problema é que, mesmo superado esse ponto crítico, trabalhar nessas áreas significa lidar com materiais e maquinário inflamáveis que, somados aos resíduos como pneus, óleos e outros elementos típicos desse tipo de atividade, aumentam o risco de gerar incêndios quando o calor retornar. Ou seja, a empresa australiana Osmond Resources terá que seguir os planos de autoproteção da região para evitar possíveis acidentes.

Atualmente, isso implica uma série de medidas como protocolos de paradas de emergência, aceiros, vigilância extrema e outras precauções, as quais podem comprometer a exploração de minérios ao impactar diretamente sua rentabilidade. Se for necessário suspender a exploração por vários dias devido ao risco de incêndio, a lucratividade do projeto pode ficar em dúvida, uma situação já observada em outras regiões semelhantes, como Cáceres e a serra de Portugal.

Imagem | Jaén Hoy

Este texto foi traduzido/adaptado do site 3D Juegos.


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