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Novo sistema solar? Pela primeira vez, astrônomos presenciam o nascimento de um sistema solar diferente do nosso

Descoberta foi feita cruzando dados do observatório ALMA no Chile e pelo Telescópio Espacial James Webb

HOPS-315, estrela bebê onde astrônomos observaram evidências dos estágios iniciais da formação planetária
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Laura Vieira

Redatora
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Laura Vieira

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Jornalista recém-formada, com experiência no Tribunal de Justiça, Alerj, jornal O Dia e como redatora em sites sobre pets e gastronomia. Gosta de ler, assistir filmes e séries e já passou boas horas construindo casas no The Sims.

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Na quarta-feira passada (16/07), um estudo publicado na revista Nature revelou uma descoberta incrível: pesquisadores conseguiram identificar o exato momento em que planetas começaram a surgir ao redor de uma estrela recém-nascida. Essa é a primeira vez que astrônomos vivenciaram o “nascimento” de um sistema solar. As informações foram coletadas pelo observatório ALMA, localizado no Chile, e pelo Telescópio Espacial James Webb, um observatório espacial gigante projetado para observar o universo em infravermelho.

Como o novo sistema solar se formou?

A formação de um sistema solar é um processo complexo que tem sido estudado ao longo de vários anos e envolve várias etapas e fenômenos astrofísicos. No entanto, o nascimento do novo sistema solar pode trazer um novo olhar para estudos sobre o tema. A descoberta, feita por uma equipe internacional de pesquisadores, conseguiu identificar o momento exato em que os planetas começaram a se formar ao redor da HOPS-31, uma estrela bebê situada a cerca de 1.300 anos-luz da constelação de Órion, muito conhecida pela presença de estrelas super brilhantes, como as Três Marias. Vale lembrar que um ano-luz equivale a aproximadamente 9,5 trilhões de quilômetros.

estrela HOPS-315 no espaço HOPS-315, estrela bebê onde astrônomos observaram evidências dos estágios iniciais da formação planetária (Créditos: ALMA)

De acordo com a ‘ABC News’, os astrônomos conseguiram observar minerais sólidos começando a condensar a partir do gás de resfriamento, partículas que formam planetas. Para isso, eles utilizaram telescópios terrestres e espaciais, como o telescópio Webb, um dos mais potentes e tecnológicos já lançados ao espaço. Ele sondou a composição química do material ao redor da estrela bebê e detectou materiais de silicato cristalino, componente que é crucial na composição e estrutura de planetas.

”Esse processo nunca foi observado antes em um disco protoplanetário, ou em qualquer lugar fora do nosso Sistema Solar “, afirma o coautor do estudo, Edwin Bergin, professor da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

Descoberta inédita é um marco para astronomia

Além de ser a primeira vez que um sistema planetário foi identificado em um estágio tão inicial, a descoberta do nascimento de um novo sistema solar no espaço inaugura uma nova era de observação. Com as informações coletadas, os astrônomos poderão procurar por outros sistemas em estágio de formação precoce e compará-los com a evolução do nosso planeta. Dessa forma, os astrônomos poderão ter uma compreensão maior sobre sistemas com planetas rochosos similares à Terra.

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