A possibilidade de um asteroide gigante se chocar contra a Terra não é apenas ficção científica; é uma ameaça real que agências espaciais monitoram constantemente. Há 66 milhões de anos, o impacto de Chicxulub extinguiu os dinossauros.
Hoje, o Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS) da NASA opera o sistema Sentry, um vigilante cósmico que calcula as órbitas de asteroides potencialmente perigosos.
Embora o risco de um impacto sério seja baixo a curto prazo, já que a NASA afirma que não há nenhuma ameaça significativa conhecida para os próximos 100 anos, a vigilância é crucial. Novos objetos são descobertos anualmente, e alguns podem estar escondidos no brilho do Sol. Atualmente, estes são os 5 asteroides que representam o maior risco de impacto futuro com o nosso planeta.
Os asteroides que possuem atenção da NASA
- Bennu (101955) Este asteroide de 0,5 km de diâmetro é atualmente o que representa o maior risco de impacto conhecido. A NASA calcula uma chance de 1 em 2.700 (ou 0,037%) de colisão em 24 de setembro de 2182. Um impacto liberaria energia equivalente a 1,4 bilhão de toneladas de TNT, causando devastação regional massiva. A sonda OSIRIS-REx visitou Bennu e trouxe amostras para a Terra em 2023, revelando que a rocha contém os blocos de construção da vida.
- 1950 DA (29075) Com 1,3 km de diâmetro, este é o "gigante" da lista. Descoberto em 1950 e depois perdido por 50 anos, ele tem uma chance de 1 em 34.500 de atingir a Terra em 16 de março de 2880. Embora a probabilidade seja baixa, seu tamanho o torna uma ameaça global. Um impacto liberaria 75 bilhões de toneladas de TNT, o suficiente para desencadear uma catástrofe que poderia ameaçar a civilização humana.
- 2023 TL4 Descoberto recentemente, em outubro de 2023, este asteroide de 330 metros entrou rapidamente para a lista de mais perigosos. A NASA calcula uma chance de 1 em 181.000 de impacto em 10 de outubro de 2119. Sua colisão liberaria cerca de 7,5 bilhões de toneladas de TNT.
- 2007 FT3 Este é um "asteroide perdido", pois não é observado pelos astrônomos desde 2007, tornando sua órbita difícil de prever com precisão. Com base nos cálculos limitados, a NASA estimou uma chance remota de 1 em 11,5 milhões de impacto em 5 de outubro de 2024 (uma data que já passou sem incidentes) e outra de 1 em 10 milhões em 3 de março de 2030.
- 1979 XB Outro "asteroide perdido", o 1979 XB não é visto há mais de 40 anos. Sua órbita é pouco compreendida, mas as estimativas apontam uma chance de 1 em 1,8 milhão de colisão em 14 de dezembro de 2113. Com 660 metros, um impacto liberaria 30 bilhões de toneladas de TNT.
O que está sendo feito para defender a Terra?
O monitoramento é apenas o primeiro passo. A grande questão é como evitar um impacto se uma ameaça concreta for detectada. A ideia de simplesmente explodir um asteroide com armas nucleares, popularizada por filmes, é considerada ineficaz e perigosa pela maioria dos cientistas.
Dependendo da composição da rocha, uma explosão poderia criar um "enxame" de fragmentos menores, que ainda seriam catastróficos, ou simplesmente abrir uma cratera sem alterar a rota.
A estratégia mais viável é o desvio. A NASA já provou que isso é possível com a Missão DART (Double Asteroid Redirection Test), que em 2022 colidiu intencionalmente uma espaçonave contra o asteroide Dimorphos, alterando com sucesso sua órbita. Outros planos mais futuristas incluem o uso de "rebocadores gravitacionais" (naves que usariam sua própria gravidade para puxar o asteroide lentamente) ou até mesmo a captura robótica de ameaças menores.
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