Após encher seus carros de telas por anos, a Mercedes agora decreta: botões clássicos são muito melhores

Quem afirma é o próprio chefe de software da montadora

Painel / Imagem: Kelvin Mah (Unsplash)
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Victor Bianchin

Redator
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Victor Bianchin é jornalista.

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Recentemente, a Mercedes lançou modelos como o novo GLC, que oferecem o MBUX Hyperscreen no cockpit – uma área de quase 40 polegadas que exibe tudo de forma digital.

Ao longo do tempo, quase todos os botões físicos (principalmente no volante) foram eliminados – tudo deve ser controlado via toque. Mas Magnus Östberg, chefe de software da Mercedes, reconhece agora em entrevista à revista Autocar que os botões físicos provavelmente são melhores.

Na entrevista, o especialista sênior de software da Mercedes fala sobre uma análise baseada em dados do comportamento de uso dos motoristas de novos modelos da Mercedes. Isso levou a certas conclusões:

Visibilidade e operação: Um botão físico ou regulador giratório muitas vezes pode ser sentido mais facilmente ao toque, sem desviar o olhar da estrada. Isso aumenta a segurança e o conforto de uso.
Relação custo-benefício: Segundo Östberg, os botões (principalmente no volante) são uma forma “mais barata e simples” de controlar funções importantes, sem precisar usar constantemente as telas sensíveis ao toque.
Diferenças de mercado: A Mercedes planeja que nem todos os modelos ou regiões tenham a mesma quantidade de botões de volta. Veículos maiores, como SUVs, oferecem mais espaço e terão mais desses elementos de controle físico. Além disso, são consideradas diferenças regionais: em alguns mercados asiáticos, telas sensíveis ao toque e comando por voz continuam em demanda, enquanto o mercado europeu prefere cada vez mais os botões físicos.

E a concorrência?

Cockpits ao estilo Tesla, com quase nada além de telas, não estão completamente descartados na Mercedes. Pelo contrário, a ideia é oferecer uma combinação mais equilibrada de diversos elementos de controle.

Um movimento contrário interessante foi observado nos últimos anos na Mazda. Segundo reportagem do Xataka, a Mazda manteve por muito tempo uma espécie de “resistência” a essa tendência de telas – com telas pequenas, muitos botões e operação clássica.

Mas a Mazda também mudou: o Mazda CX‑5 2025, por exemplo, desloca funções importantes para a grande tela sensível ao toque central. Assim, a fabricante japonesa segue uma direção da qual a Mercedes está justamente se afastando.

Mercedes-EQ. MBUX Hyperscreen Mercedes-EQ. MBUX Hyperscreen

Além do retorno aos controles clássicos, a Mercedes também considera inserir mais inteligência artificial em seus carros, principalmente na área de comandos de voz.

Esse seria um recurso importante para compradores na China – o maior mercado automotivo do mundo, onde a Mercedes quer expandir novamente sua presença. Östberg afirmou, no entanto, que o mercado europeu também será equipado com a tecnologia. Os dados indicam que o uso do comando de voz no CLA entre proprietários de Mercedes provavelmente triplicou.

Seja tela sensível ao toque ou botão físico, no fim das contas, o que importa é que a tecnologia torne o dia a dia mais fácil e o trânsito mais seguro para todos. 

Imagem: Kelvin Mah (Unsplash)

Este texto foi traduzido/adaptado do site Mein-MMO.


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