O setor de tecnologia mundial vem enfrentando uma espécie de montanha-russa fortemente influenciada pela IA. Enquanto, em alguns cantos do planeta, se aposta em destruir empregos nesse setor, em outros países eles são criados a um ritmo frenético, chegando até a gerar escassez de profissionais qualificados.
Desde meados de 2022, o Vale do Silício não parou de destruir empregos em tecnologia. Uma análise recente do economista Brendon Bernard para a plataforma de emprego Indeed no Canadá confirma que as ofertas de trabalho em tecnologia têm desacelerado em países como EUA e Canadá.
Essa mudança ocorre após uma crise originada principalmente pela pandemia e pelo colapso do metaverso, que provocou rodadas de demissões em massa nas grandes empresas de tecnologia e cortes drásticos entre 2022 e meados de 2023. O surgimento do ChatGPT e a febre pela IA conseguiram frear a tendência de queda nas ofertas do setor, mas o impulso inicial que a IA parecia proporcionar estagnou e o emprego em tecnologia no mundo ainda não recuperou os níveis de 2022.
O que a IA dá, a IA tira
É inevitável observar o mercado de trabalho dos EUA como um alerta, revelando para onde as tendências podem caminhar no futuro — e já começaram a surgir os primeiros sinais.
Embora seja verdade que a chegada da IA tenha freado a queda no emprego, à medida que a IA vai adquirindo habilidades em programação e tarefas básicas, ela também propicia a automação de cargos, reduzindo o número de profissionais de tecnologia necessários, especialmente entre aqueles que estão começando suas carreiras.
Um exemplo claro pode ser visto nas recentes demissões nas grandes empresas de tecnologia, onde não se eliminam apenas cargos “acessórios” para focar no desenvolvimento da IA, mas também estão sendo dispensados engenheiros que até então trabalhavam no próprio desenvolvimento dessa IA.
Imagem | Unsplash (Fatemeh Rezvani)
Este texto foi traduzido/adaptado do site Xataka Espanha.
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