Se você é muito fã de The Last of Us Parte 2 e um tantinho rígido com adaptações dos seus games favoritos, é bem provável que o sexto episódio da segunda temporada de The Last of Us, da HBO, não tenha te agradado tanto assim. Mesmo trazendo pra tela, com bastante fidelidade, um dos momentos mais marcantes do jogo, a série também dá uma bela distorcida no que foi apresentado no título original da Naughty Dog.
Um personagem totalmente inesperado
O episódio aposta novamente naquela combinação de fidelidade e expansão narrativa que a adaptação da HBO vem explorando desde o primeiro capítulo. Mas, desta vez, o roteiro leva a história para um território completamente novo. Pela primeira vez, mergulhamos no passado de Joel Miller de um jeito que nem o primeiro nem o segundo jogo da Naughty Dog chegaram a mostrar.
E isso acontece através de uma sequência surpreendente, que apresenta Javier Miller, pai de Joel e Tommy, interpretado por um rosto bem conhecido do público.
Em poucos minutos de tela, ele já deixou sua marca na narrativa de The Last of Us.
Estamos falando de Tony Dalton, que muita gente conheceu como o implacável Lalo Salamanca em Better Call Saul, ou como Jack Duquesne, o Espadachim da Marvel Studios. Dalton dá vida a Javier, um personagem inédito, criado especialmente para a série.
Em uma única participação, ele conseguiu adicionar uma camada emocional inesperada e profundamente humana à história de Joel, deixando uma impressão forte e duradoura no universo da série.

Alerta de spoiler
O episódio começa em um clima contemplativo, com Ellie e Joel se aproximando de um dos cenários mais marcantes de The Last of Us Parte 2: a cena do museu. Esse espaço, carregado de simbolismo e nostalgia, também aparece no jogo original e é lembrado por muitos fãs como um dos momentos mais emocionantes da jornada.
Na sequência, Ellie e Joel exploram com cuidado o museu, agora tomado por restos e lembranças de um mundo que já não existe. A série consegue capturar perfeitamente aquela sensação de vazio e melancolia que a Naughty Dog traduziu com tanta delicadeza no game. Ao mesmo tempo, a adaptação da HBO acrescenta seus próprios toques visuais e emocionais, inserindo elementos narrativos que enriquecem ainda mais a atmosfera.
Esses detalhes aprofundam a conexão entre os personagens e o passado que ambos estão tentando deixar para trás.
Mesmo respeitando falas e cenas exatamente como vivemos em The Last of Us Parte 2, a série de repente nos transporta para o passado. Nesse flashback, vemos um Joel mais jovem interagindo com seu pai, Javier, numa daquelas cenas carregadas de tensão, trauma e uma dureza emocional que ajuda a explicar muito do que a gente vê no Joel adulto — principalmente na forma como ele se relaciona com Ellie.
Tony Dalton, com aquele carisma que já é marca registrada, entrega uma performance impecável. Javier Miller aparece como um homem frio, autoritário, com uma visão de mundo extremamente pragmática e violenta. Nem precisa de muitas falas pra entender de onde vem a couraça emocional que Joel carrega com ele.
E essa nem é a única surpresa envolvendo Tony Dalton. Além de marcar presença nesse episódio com força, ele também foi identificado pela comunidade como parte de um dos projetos mais aguardados da Naughty Dog: Intergalactic: The Heretic Prophet, o novo jogo do estúdio.
Um novo universo… com um rosto bem familiar
Intergalactic: The Heretic Prophet é a nova IP da Naughty Dog. Mesmo com o desenvolvimento cercado de mistério, o estúdio já deu uma palhinha de um universo sci-fi completamente inédito, e o trailer de apresentação deixou os fãs com a antena ligada em cada detalhe.
Entre toda a estética visual e o clima narrativo apresentado, alguns fãs com olhar de águia notaram algo curioso: o rosto de Tony Dalton aparece num mural dentro da nave do protagonista. A imagem passa rápido, dura só alguns segundos, mas os traços são inconfundíveis — e a comunidade logo começou a conectar os pontos.
Apesar da Naughty Dog ainda não ter confirmado oficialmente a participação do ator, as evidências visuais e a movimentação dos fãs já indicam que a presença de Dalton no novo projeto é, no mínimo, bem provável.

A especulação faz todo sentido. Se a Naughty Dog já trabalhou com Tony Dalton na série de The Last of Us e o cara tem presença de sobra pra segurar personagens complexos, por que não levar essa parceria pra um novo patamar? A participação dele em Intergalactic pode ser tanto um presente pros fãs quanto uma jogada estratégica pra apresentar um rosto conhecido em um universo completamente inédito.
O mesmo vale pra Tati Gabrielle, que tem ganhado cada vez mais espaço. Ela aparece na segunda temporada de The Last of Us, esteve no filme de Uncharted e agora também faz parte do elenco de Intergalactic.
E não dá pra esquecer de Troy Baker, o eterno Joel nos games, que também deu vida a Sam Drake em Uncharted 4 e agora marca presença nesse novo projeto. É como se o estúdio estivesse construindo um elenco “de casa”, unindo diferentes mundos com rostos já queridos pelo público.
O fato de atores como Tony Dalton estarem presentes tanto na série quanto no novo jogo diz muito sobre o nível de envolvimento da Naughty Dog nas adaptações de suas histórias. E o que isso significa pros fãs? Que, mesmo com as mudanças, o universo continua em expansão — e talvez valha a pena encarar cada adaptação de forma independente, avaliando seus próprios méritos.
E tem mais: The Last of Us ainda nos deu a chance de rever Pedro Pascal, nem que seja por alguns minutos. E vamos combinar… isso já vale muita coisa.
Ver 0 Comentários