Esta simples atitude do Vaticano gerou um caos entre fiéis

Igreja concedeu um pequeno espaço para que estudiosos muçulmanos pudessem fazer suas orações

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Bárbara Castro

Redatora
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Bárbara Castro

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Jornalista com pós-graduação em Cinema que passava as tardes vendo Cartoon Network e History Channel quando criança. Coleciona vinis, CDs e jogos do Nintendo DS e 3DS (e estantes que não cabem mais livros). A primeira memória com um computador é de ter machucado o dedo em uma ventoinha enquanto um de seus pais estava montando um PC.

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Uma simples atitude do Vaticano gerou uma discussão entre fiéis católicos. 

Em entrevista ao jornal italiano La Repubblica (via The Catholic Herald), o Vice-Prefeito, P. Giacomo Cardinali, revelou que a instituição separou um pequeno espaço para que estudiosos muçulmanos pudessem fazer suas orações enquanto estivesse lendo arquivos históricos guardados na Biblioteca Apostólica Vaticana. 

Fundada na metade do século 15, a Biblioteca Apostólica Vaticana guarda inúmeros documentos históricos de todos os países e religiões, incluindo a islâmica e judia, árabe, chinesa e etiópia. Além disso, a biblioteca é aberta para todos os estudiosos do mundo, independente da fé.

“Alguns estudiosos muçulmanos nos pediram uma sala com tapete para oração e nós a concedemos”, disse Cardinali simplesmente. Segundo ele, o pedido foi facilmente atendido e acomodar a oração estava em consonância com a missão mais ampla da biblioteca de servir a comunidade acadêmica global (via Euro Weekly News).

Getty Images/Maria Korneeva

O local de oração é cômodo com um tapete de oração simples, voltado para a direção da cidade sagrada muçulmana de Meca. Vale lembrar que não há mesquitas ou residentes muçulmanos permanentes dentro do próprio Vaticano e que o local recebe visitantes muçulmanos regularmente.

No entanto, tal atitude não foi bem-recebida por fiéis da Igreja, que acreditam que ao colocar ou separar um local para a pregação de outra fé dentro dos limites católicos, o Vaticano estaria se "distanciando" ou até "desrespeitando" a religião católica. Outros, no entanto, receberam a notícia com agrado, lembrando que um dos objetivos do Papa Francisco foi o esforço de aumentar o respeito e amizade entre religiões do mundo, algo que o Papa Leão XIV continua em sua missão. 

Capa da matéria: Getty Images/NurPhoto

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