Uma simples atitude do Vaticano gerou uma discussão entre fiéis católicos.
Em entrevista ao jornal italiano La Repubblica (via The Catholic Herald), o Vice-Prefeito, P. Giacomo Cardinali, revelou que a instituição separou um pequeno espaço para que estudiosos muçulmanos pudessem fazer suas orações enquanto estivesse lendo arquivos históricos guardados na Biblioteca Apostólica Vaticana.
Fundada na metade do século 15, a Biblioteca Apostólica Vaticana guarda inúmeros documentos históricos de todos os países e religiões, incluindo a islâmica e judia, árabe, chinesa e etiópia. Além disso, a biblioteca é aberta para todos os estudiosos do mundo, independente da fé.
“Alguns estudiosos muçulmanos nos pediram uma sala com tapete para oração e nós a concedemos”, disse Cardinali simplesmente. Segundo ele, o pedido foi facilmente atendido e acomodar a oração estava em consonância com a missão mais ampla da biblioteca de servir a comunidade acadêmica global (via Euro Weekly News).
O local de oração é cômodo com um tapete de oração simples, voltado para a direção da cidade sagrada muçulmana de Meca. Vale lembrar que não há mesquitas ou residentes muçulmanos permanentes dentro do próprio Vaticano e que o local recebe visitantes muçulmanos regularmente.
No entanto, tal atitude não foi bem-recebida por fiéis da Igreja, que acreditam que ao colocar ou separar um local para a pregação de outra fé dentro dos limites católicos, o Vaticano estaria se "distanciando" ou até "desrespeitando" a religião católica. Outros, no entanto, receberam a notícia com agrado, lembrando que um dos objetivos do Papa Francisco foi o esforço de aumentar o respeito e amizade entre religiões do mundo, algo que o Papa Leão XIV continua em sua missão.
Capa da matéria: Getty Images/NurPhoto
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