Se você curte filmes de catástrofe, com certeza já ouviu falar de Roland Emmerich. De O Dia Depois de Amanhã e 2012 até a mais recente e divertidíssima Moonfall, o cinema de Emmerich sempre foi sinônimo de espetáculo acelerado e sem pudor — algo que ele já deixava claro em clássicos como Independence Day, Soldado Universal e Stargate.
Agora, chega ao catálogo da Filmin um filme em que Emmerich atua como produtor, mas que mantém o ritmo vibrante e a visão da ficção científica como um alerta sobre o nosso futuro: The Colony.
O longa é dirigido por Tim Fehlbaum, que já havia trabalhado em uma proposta parecida com Hell — filme em que um grupo de sobreviventes tenta se proteger da radiação solar após o colapso ambiental da Terra. Fehlbaum, aliás, também foi indicado ao Oscar deste ano na categoria de Melhor Roteiro, por seu trabalho em um filme sobre o sequestro de atletas israelenses durante as Olimpíadas de Munique, em 1972.
Dessa vez, os desastres climáticos tornaram a Terra completamente inabitável, forçando a humanidade a abandoná-la. No entanto, nos planetas onde tentaram recomeçar, os colonos enfrentam um novo problema: a incapacidade de se reproduzir.
É nesse contexto que uma mulher retorna à Terra para investigar a causa dessa infertilidade.
No planeta desolado, ela encontra um explorador e, juntos, chegam à conclusão de que talvez seja hora de os colonos voltarem para casa. Mas os poucos sobreviventes que ainda vivem na Terra não veem esse retorno com bons olhos — e não estão nem um pouco certos de que isso seja realmente uma boa ideia.
Sem dúvida, o aspecto mais marcante (e assustador) do filme é a visão que ele apresenta da Terra — cuja superfície, após o colapso climático, ficou submersa por imensas massas de água. Os poucos sobreviventes se abrigam em navios cargueiros encalhados, criando uma estética que lembra, em parte, o cenário pós apocalíptico de Waterworld.
Com uma poesia visual de tom pessimista, The Colony constrói um futuro sombrio, mas ainda assim deixa espaço para a esperança — um fio tênue, mas presente, em meio à devastação.
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