Por apenas $50, seu filho poderia "observar" a própria bomba atômica com um dos brinquedos mais radioativos do mundo

Brinquedo da década de 1950 vinha com quatro frascos contendo amostras de minério natural de urânio

Reprodução/Creative Commons
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Bárbara Castro

Redatora
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Bárbara Castro

Redatora

Jornalista com pós-graduação em Cinema que passava as tardes vendo Cartoon Network e History Channel quando criança. Coleciona vinis, CDs e jogos do Nintendo DS e 3DS (e estantes que não cabem mais livros). A primeira memória com um computador é de ter machucado o dedo em uma ventoinha enquanto um de seus pais estava montando um PC.

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"Não se faz mais brinquedo como antigamente", algumas pessoas podem falar — e ainda bem! Um conjunto para crianças da década de 1950 pode ser considerado o brinquedo "mais perigoso já feito" por colocar menores de idade (e sem nenhum conhecimento) para brincar com elementos radioativos. 

Bem, a radiação trouxe muitas inovações para a ciência e fascinou diversas pessoas durante a Guerra Fria (1947-1991) e não é de se esperar que um brinquedo que mostrasse como esses elementos radioativos funcionavam chegasse ao mercado. 

Custando apenas U$ 50 na época (aproximadamente U$665.57 ajustado para a inflação atual), crianças poderiam se sentir cientistas do Novo México ao mexer com urânio. 

Reprodução/Creative Commons

O Gilbert U-238 Atomic Energy Lab vinha com quatro frascos de amostras de minério natural de urânio (autunita, torbernita, uraninita e carnotita) e outras necessidades para observar a radiação como um contador Geiger-Müller, um eletroscópio, um espintariscópio, uma câmara de nuvens Wilson com fonte alfa de curta duração (Po-210) em forma de fio e fontes de radiação de baixo nível: beta-alfa (Pb-210), beta puro (Ru-106) e gama (Zn-65). Além disso, o conjunto era acompanhado de alguns panfletos e instruções, assim como uma maquete de uma partícula alfa. 

Apesar de inicialmente ser algo puramente educacional, ainda sim era algo para se preocupar, mesmo que a radiação emitida pelo conjunto fosse o equivalente a um dia de exposição aos raios UV do sol.

No entanto, apesar de parecer fascinante aos olhos de uma criança, o brinquedo não foi popular com o público-alvo e logo foi retirado das lojas, vendendo menos de 5 mil unidades em todos os EUA. 

Capa da matéria: Reprodução/Creative Commons

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