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Consumidores ávidos de água engarrafada podem ingerir até 198% mais microplásticos do que quem bebe água filtrada

Novo estudo aponta que diversas garrafas de água são feitas de plástico de baixa qualidade, liberando mais microplásticos no organismo

(Getty Images/Oscar Wong)
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Bárbara Castro

Redatora
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Bárbara Castro

Redatora

Jornalista com pós-graduação em Cinema que passava as tardes vendo Cartoon Network e History Channel quando criança. Coleciona vinis, CDs e jogos do Nintendo DS e 3DS (e estantes que não cabem mais livros). A primeira memória com um computador é de ter machucado o dedo em uma ventoinha enquanto um de seus pais estava montando um PC.

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Um novo estudo pela Universidade Concórdia, no Canadá, revela que consumidores de água engarrafada estão sujeitos a ingerir mais microplásticos que aqueles que bebem de filtros. 

Segundo a pesquisa, as pessoas ingerem 39.000 e 52.000 partículas de microplásticos na média anualmente, já consumidores de água engarrafada ingerirem mais 90.000 fragmentos de microplástico.

A pesquisadora Sarah Sajedi revela os males de ingerir essas partículas que são indetectáveis a olho nu, dizendo que eles não só são perigosos para a saúde das pessoas, como também não são estudados suficiente. 

Não é possível não ingerir microplásticos atualmente. Sajedi informa que esses fragmentos são liberados a todo momento da fabricação das garrafas de água e sua vida útil. Além disso, ela aponta que muita parte desse plástico não é de boa qualidade, significando que a liberação dessas partículas são ainda maiores que em produtos com plásticos mais resistentes e de boa qualidade. 

Sajedi alerta que uma vez essas partículas dentro do corpo, diversos problemas de saúde podem aparecer. Inflamação crônica, estresse oxidativo nas células, distúrbios hormonais, reprodução prejudicada, danos neurológicos e vários tipos de câncer são alguns dos vários exemplos de doenças que podem surgir em decorrência dos microplásticos no organismo. Ela ainda aponta que doenças a longo prazo ainda não foram determinadas, já que é um assunto muito recente.

Qual é a melhor opção?

(Getty Images/RunPhoto)

Em um mundo que quase tudo é feito de plástico ou vem embalado, há algumas alternativas de Sajedi sugere como a diminuição da fabricação de plástico, uma medida que vem sendo tomada por alguns países. Entre outras alternativas, a educação é a melhor delas.  

"Beber água de garrafas plásticas é aceitável em uma emergência, mas não é algo que deva ser usado no dia a dia. As pessoas precisam entender que o problema não é a toxicidade aguda, mas sim a toxicidade crônica," disse (via ScienceDaily).

Entre outras medidas, a pesquisadora fala que seria bom evitar produtos de plástico de uso único, como garrafas de água, canudos de plástico e embalagens como de salgadinho.

Capa da matéria: Getty Images/Oscar Wong

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