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Brasileiro cria IA que ajuda a diagnosticar doença de chagas

O projeto proporcionará diagnósticos mais rápidos, baratos e acessíveis

Aba do projeto Technoblade. Créditos:  Alex Magosso/RPC
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Laura Vieira

Redatora
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Laura Vieira

Redatora

Jornalista recém-formada, com experiência no Tribunal de Justiça, Alerj, jornal O Dia e como redatora em sites sobre pets e gastronomia. Gosta de ler, assistir filmes e séries e já passou boas horas construindo casas no The Sims.

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Um estudante brasileiro desenvolveu um programa que utiliza inteligência artificial para identificar, em poucos minutos, a presença de patógenos causadores da doença de Chagas e da malária. O projeto, chamado Technoblade, foi criado por Nuno Abílio, aluno do curso de Ciências da Computação da Universidade Estadual de Maringá (UEM), e oferece diagnósticos mais rápidos, baratos e acessíveis para regiões de difícil acesso.

Como nasceu o projeto Technoblade?

A ideia inovadora do projeto Technoblade surgiu durante um projeto de Iniciação Científica na UEM, após o professor Yandre Costa, do Departamento de Informática, convidar Nuno para participar de estudos com laboratórios que trabalham com amostras de imagens microscópicas biológicas e técnicas de processamento de imagem e inteligência artificial. Foi aí que o estudante viu a oportunidade de aplicar processamento de imagens e IA para acelerar o diagnóstico da doença de Chagas e da malária.

Tecnologia vai agilizar e baratear diagnósticos

O grande diferencial do projeto é que ele agiliza os diagnósticos, especialmente em regiões com recursos limitados, o que permite que os tratamentos comecem mais rápido e sejam mais eficazes. Para analisar imagens de amostras sanguíneas coletadas por microscópios para fornecer o diagnóstico, a Technoblade utiliza o modelo de inteligência artificial Yolo. O sistema mapeia e processa essas fotos, gerando resultados digitais que reduzem a necessidade de insumos e diminuem o tempo de espera para o diagnóstico.

Contudo, o estudante reforça que, embora a IA forneça resultados rápidos, o laudo final continua sendo responsabilidade dos médicos. A expectativa é reduzir em até 70% o tempo de diagnóstico e gerar uma economia de 40% nos custos do sistema de saúde, além de combater a subnotificação dessas doenças no Brasil.

Projeto recebeu reconhecimento e premiação nacional

O sucesso do projeto foi tanto que ele venceu a primeira edição do Hackathon pela Saúde, competição promovida por uma empresa de tecnologia médica em parceria com a Enactus Brasil, uma  organização internacional sem fins lucrativos que conecta estudantes, líderes acadêmicos e empresariais para desenvolver projetos de empreendedorismo social com impacto positivo na comunidade.

Como reconhecimento, Nuno e outro estudante da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) receberão R$4 mil como prêmio durante o Evento Nacional da Enactus Brasil (ENEB), que será realizado em julho, em Belém (PA).

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