A relação entre a geração Z e o mercado de trabalho é repleta de desafios e obstáculos. De acordo com a pesquisa realizada pela Gateway Commercial Finance, os jovens da geração Z tendem a manter vínculos de trabalho mais curtos, com saídas repentinas que, muita das vezes, acontecem sem aviso prévio. Esse comportamento adotado pela geração, e que tem transformado as relações de trabalho, recebeu até um nome: job situationship. Mas o que será que os motiva a tomar essa decisão? A seguir, entenda o que a pesquisa revela sobre o comportamento dos jovens da geração Z.
Pesquisa revela que geração Z não se mantém muito tempo no mesmo emprego
Diferentemente das gerações anteriores, os jovens da geração Z estão encarando os empregos como “job situationship”, ou seja, sem um compromisso definido a longo prazo. De acordo com a pesquisa citada anteriormente, 58% dos profissionais da geração Z já aceitaram empregos que não tinham a intenção de ficar por muito tempo. Os principais motivos para esse comportamento incluem a busca por propósito e flexibilidade, revelando uma transformação na maneira como os jovens enxergam o mercado de trabalho. O grande problema é que esse tipo de mentalidade tem afetado a maneira como os contratantes enxergam esses funcionários e o seu comprometimento com o trabalho.
Conclusão da pesquisa assusta mercado de trabalho
O levantamento realizado pela Gateway Commercial Finance entrevistou 1.008 americanos empregados, sendo 50% trabalhadores da geração Z e 50% gerentes ou funcionários com experiência em contratações. A ideia era avaliar as relações de trabalho desse grupo, levando em consideração questões como trocas de emprego e expectativas no futuro da profissão. Os resultados, no entanto, deixaram os empregadores assustados.
De acordo com o levantamento, 47% dos funcionários da geração Z planejam abandonar o cargo dentro de um ano, e metade deles disse estar pronto para fazer isso a qualquer momento. Somado a isso, apenas 1 a cada 4 trabalhadores entrevistados afirmam investir no trabalho dentro de alguma empresa a longo prazo. E o mais preocupante: cerca de 30% dos entrevistados já abandonaram o emprego sem sequer uma explicação e aviso prévio.
Esse tipo de pensamento é diferente do modelo de trabalho tradicional, em que o funcionário enxerga na contratação a oportunidade de desenvolver um plano de carreira estável e sólido. Os jovens da geração Z não apresentam esse tipo de preocupação, pois estão focados em outros tipos de valores.
Entenda comportamento profissional da geração Z
Dizer que os trabalhadores da geração Z não se mantêm muito tempo no mesmo emprego não significa dizer que eles são preguiçosos ou não desejam trabalhar. Acontece que os trabalhadores dessa geração estão em busca de empregos baseados em propósito, flexibilidade e reciprocidade, pois já não enxergam nas relações trabalhistas a estabilidade. Afinal, o mercado de trabalho hoje não é mais o mesmo que anos atrás, então eles preferem encarar isso de forma mais pragmática.
Por outro lado, esse comportamento adotado pela geração Z também traz consequências para eles mesmos. No levantamento, 36% dos gerentes de contratação afirmaram rejeitar candidatos da geração Z devido à preocupação com a constante troca de empregos. Esse cenário demonstra uma certa fragilidade no modelo de trabalho tradicional, e levanta uma questão importante: os gestores precisam compreender essa mudança na mentalidade dos trabalhadores da geração Z para o sucesso do negócio.
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