A formação acadêmica pode já não ser suficiente para garantir segurança no mercado de trabalho. Um novo estudo americano aponta que, ao contrário do que se pensava, não são apenas os cargos operacionais que estão sob ameaça com o avanço da inteligência artificial. Os profissionais mais qualificados, especialmente nas áreas de finanças e tecnologia, também estão na linha de frente dessa transformação. As informações são da revista EXAME, baseadas em uma reportagem do The New York Times, em dados do Burning Glass Institute e da associação SHRM.
Quais profissões serão afetadas pela IA?
Ao contrário do que se imaginava até pouco tempo, a inteligência artificial não ameaça apenas empregos operacionais ou de baixa qualificação: até mesmo as carreiras mais bem remuneradas e estrategicamente valorizadas podem ser redesenhadas. Profissionais com formação superior, altos salários e atuação em áreas estratégicas estão entre os mais vulneráveis às mudanças trazidas pela tecnologia. Finanças e tecnologia, dois dos setores mais valorizados do mercado, devem passar por grandes transformações com a chegada de sistemas automatizados e algoritmos capazes de executar tarefas antes exclusivas dos humanos. Ou seja, a segurança que muitos profissionais sentiam por conta do diploma universitário agora dá lugar à incerteza.
"Não há dúvida que os mais afetados serão aqueles com diploma universitário, e essas são as pessoas que sempre pensaram estar seguras". Matt Sigelman, CEO do Burning Glass Institute.
A capacitação é a melhor forma de não ser afetado pela inteligência artificial
Mas calma! Apesar do estudo trazer informações preocupantes, existem formas de evitar que essas mudanças afetem negativamente o profissional dessas áreas. Isso porque mesmo com o avanço acelerado da IA, especialistas acreditam que os empregos não vão desaparecer completamente, mas mudar de formato. É provável que a maneira como as funções são estruturadas seja impactada, exigindo novas competências dos trabalhadores, como habilidades, experiências e certificações.
Ou seja, em vez de extinção de tais cargos, o cenário aponta para transformação: atividades como análise de dados, decisões estratégicas e desenvolvimento de soluções criativas devem ser parcialmente automatizadas, o que reforça a importância de habilidades como pensamento crítico e inteligência emocional.
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