Depois de testar as últimas versões do HyperOS disponíveis para o seu Xiaomi 13, um redator do Xataka Android decidiu que era hora de mudar: seu sistema operacional não o convencia. Pepu Ricca Cansou de esperar por muitos dos recursos presentes na versão chinesa do firmware e optou por uma ROM personalizada que mudou radicalmente seu telefone.
Mais fluidez, maior velocidade na abertura de aplicativos e até um pouco mais de autonomia. Tudo isso graças a uma ROM bastante leve, como o PixelOS, que já vem com o Google Play Services para evitar a perda de tantas funções que o Google oferece ao Android.
Processo não é para todos
Como já é comum há mais de uma década, ROMs alternativas não são para todos: elas envolvem um processo de liberação do bootloader e outro para instalar o próprio sistema operacional, o que pode gerar problemas. Basicamente, o celular vira um belo peso de papel sem funções; isso ainda não mudou, sendo necessário um conhecimento mínimo.

Além disso, desbloquear o bootloader significa perder a garantia e os modelos mais modernos da gigante chinesa não são mais tão fáceis de modificar quanto antes.
Ele desbloqueou o bootloader do seu Xiaomi, instalou o TWRP Recovery e, com ele, a instalação da ROM foi tão simples quanto baixar um arquivo ZIP no celular. Minutos depois, reiniciado, já havia transformado seu Xiaomi em um Pixel. Ou quase isso.
Primeiro, encontrar uma ROM compatível com este modelo não foi fácil para ele. O aparelho tem suporte oficial do conhecido LineageOS, mas o Ricca queria dar ao celular outra identidade: o AOSP lhe pareceu muito sem graça. Com a experiência Pixel em mente, encontrou a alternativa perfeita: o PixelOS. Mas ele também não conta com atualizações oficiais da comunidade para este celular específico.
Felizmente, Ricca encontrou uma build no XDA que, aos poucos, está sendo atualizada. Assim, além de fugir do software da Xiaomi, adquiriu recursos que só o Pixel do Google oferece. Ele encontrou um sistema estável, com todos os benefícios de personalização do Google, assim como no seu Pixel 6a.
Para completar, ainda obteve o Android atualizado para a data mais recente: o Android 15 (que, aliás, também estava presente no HyperOS 2) funciona perfeitamente sem a camada pesada da Xiaomi. Animações, consistência estética... A verdade é que ele não se arrepende.
Mais bateria e velocidade: quase um celular novo
O redator disse que o processo não é para todos, e é verdade — assim como as alternativas ao firmware de fábrica também não são. Por exemplo, o aplicativo da câmera, embora ele goste muito do que o PixelOS traz, não permite usar os três sensores da câmera do seu telefone. Nem a ultra grande angular funciona, nem o zoom óptico triplo: se você depende do celular para fotografia, é melhor manter o sistema operacional original.
Solução? Instale uma das GCams disponíveis no site Celso Azevedo: ele recomenda as versões da BSG se você estiver usando uma ROM não oficial. Com ela, consegue usar duas câmeras sem problemas, com exceção do pós-processamento que a própria câmera da Xiaomi oferecia no HyperOS.

Outro sacrifício está relacionado à segurança: embora ter suporte oficial em uma ROM implique receber o patch de segurança mais recente, no caso dele ele permaneceu em um desde o início do ano. Isso não é algo perceptível no dia a dia, mas se ele cair em um golpe de malware, estará mais vulnerável.
Portanto, Ricca não terá atualizações frequentes — embora, nesse sentido, isso não mude muito sua vida. A Xiaomi ainda mantém seu modelo sob suporte, mas as atualizações não são mais tão constantes quanto eram no lançamento. Aliás, a versão mais recente do HyperOS também não possui o patch de segurança mais atual, nem mesmo o software mais avançado da Xiaomi (HyperOS 2.2).

Não menos importante — aliás, para ele, o mais importante — são os pagamentos móveis com NFC. Eles simplesmente não funcionam: Ricca até tentou certificar o dispositivo com alguns truques, sem sucesso. O Google Wallet não permite registrar seus cartões de crédito, então a decisão é um adeus aos pagamentos em lojas com o celular.
No entanto, essas desvantagens não o farão voltar ao HyperOS: o PixelOS ficará por um tempo neste telefone, que ele não usa com tanta frequência (por motivos de trabalho). Pagar com NFC também não é um problema — Ricca sempre carrega sua carteira no bolso e, para tirar fotos, costuma levar sua mirrorless.
Veredito
O celular ficou mais rápido (algo mais perceptível em smartphones com hardware mais modesto), e Ricca adora a estética do Pixel e os aplicativos do Google lhe agradam mais do que os equivalentes da Xiaomi. Tudo isso sem depender do ecossistema da empresa chinesa e de todos os seus serviços (Meu Vídeo, Música, etc.), que ele nunca usou.
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