O Google Maps não está mais sozinho: por que uso uma alternativa melhor há anos e até pago com gosto por ela em viagens longas

Relato original de Marinus Martin, do GameStar

Quando se trata de aplicativos de navegação, muitos de vocês certamente recorrem ao Google Maps. O software é gratuito, completo e já vem pré-instalado em muitos celulares. Eu também uso bastante o Google Maps para verificar horários de funcionamento, procurar lojas ou me orientar em trajetos curtos.

Mas, para viagens mais longas de carro, encontrei uma solução melhor depois de testar diversos aplicativos de navegação como Here WeGo, Sygic e Waze: o TomTom Go Navigation.

O fabricante de dispositivos de navegação física oferece há anos um aplicativo para iPhone e Android. O que torna o TomTom Go a melhor escolha para mim em viagens mais longas são algumas funcionalidades específicas que o Google Maps não oferece da mesma forma.

Visão geral da rota

O que eu gosto muito é a visão geral da rota no TomTom. No lado direito da tela há uma barra de rota — uma faixa estreita — que mostra todo o trajeto do início até o destino.

Ali vejo de relance onde encontrarei obras, acidentes, congestionamentos e afins ao longo do caminho. Postos de combustível também aparecem ali, o que é bem útil quando se percorre centenas de quilômetros.

A barra de rota exibe informações úteis sobre o trajeto, como congestionamentos, obras ou até postos de combustível. (Imagem | GameStar Tech)

Se houver risco de congestionamento, consigo ver, por um lado, onde ele está aproximadamente localizado. Além disso, o TomTom exibe o tempo estimado de atraso na duração da viagem (atualizado constantemente) e também mostra rotas alternativas opcionais, caso existam.

Rotas alternativas

As rotas alternativas são outro recurso que valorizo bastante no TomTom. Sempre que uma rota mais rápida está disponível, o aplicativo de navegação me sugere essa opção. Ela aparece na tela em uma cor diferente, juntamente com a informação de quanto tempo posso economizar.

As rotas alternativas são exibidas na barra de rota junto com a economia de tempo. Se elas forem mais curtas ou mais longas, isso é informado por comando de voz. (Imagem | TomTom)

Enquanto outros aplicativos de navegação às vezes nem perguntam se quero seguir por uma rota alternativa, no TomTom eu tenho essa escolha. Gosto disso pois, em certos desvios, a economia de tempo é de apenas dois ou cinco minutos.

Na dúvida, prefiro continuar pela minha rota principal em vez de sair por diferentes acessos, estradas secundárias e afins só para economizar alguns poucos minutos.

Assistente de faixa em 3D

Uma função que eu já apreciava nos navegadores tradicionais é o assistente de faixa em 3D, que me mostra de forma clara, visualmente, qual faixa devo pegar. Especialmente em cruzamentos de rodovias ou saídas mais complexas, isso representa uma grande vantagem para mim — principalmente quando estou dirigindo em lugares que não conheço.

O assistente de faixa dinâmico em 3D é especialmente prático em grandes cruzamentos de rodovias. (Imagem | TomTom)

Muitos outros aplicativos de navegação — incluindo o Google Maps — também têm assistentes de faixa. No entanto, geralmente são setas simples que, em situações estressantes, me ajudam menos do que a visualização animada em 3D por cima ("fly-over") com a faixa correta destacada.

Navegação offline

No que diz respeito aos mapas, o fabricante adota uma solução simples, já conhecida dos navegadores GPS tradicionais. Basta baixar todos os mapas necessários e não é preciso se preocupar com a conexão móvel.

Isso pode ser útil em regiões com sinal fraco ou inexistente, ou quando se tem um plano de celular com franquia de dados limitada. Fora da União Europeia, então, é uma excelente solução para evitar cobranças altas de roaming — a Suíça, por exemplo, não está incluída no roaming europeu de todas as operadoras.

Ainda assim, o TomTom também consome dados móveis, embora muito pouco. Eles são usados, por exemplo, para informações de trânsito em tempo real, atualizações sobre radares de velocidade ou outros serviços. Como alternativa, o aplicativo pode ser usado no modo avião, sem atualizações em tempo real.

Aviso de radar

O TomTom também avisa sobre radares de velocidade. Por padrão, esse recurso vem desativado na Alemanha, onde ele é proibido. Naturalmente, é possível ativá-lo por conta e risco, ou utilizá-lo em países onde isso é permitido. Segundo o fabricante, esse é o caso da França, por exemplo. Lá, os alertas de radar fazem parte das notificações de segurança viária.

A questão do custo

O TomTom adota um modelo de assinatura paga, com valor de R$ 39,90 por mês ou R$ 127,90 por ano — frequentemente há promoções ou períodos de teste gratuitos.

Como existem muitas alternativas boas e gratuitas, a pergunta que surge é: será que o app vale o investimento? No meu caso, tenho que dizer que sim. Costumo fazer duas ou três viagens por ano de cerca de 1.000 quilômetros (ida e volta). Nesses casos, assino o plano mensal.

Importante: A assinatura precisa ser cancelada manualmente. Caso contrário, ela é renovada automaticamente com cobrança. Isso também vale para o período de teste oferecido a novos usuários.

Na minha opinião, o TomTom Go só é realmente útil para dirigir (existe inclusive uma versão para caminhões), já que não oferece alternativas de navegação para bicicleta, pedestres ou transporte público.

Este texto foi traduzido/adaptado do site Game Star.