A China está cansada da má reputação de seus carros: por isso, vai proibir suas marcas de exportarem veículos de baixa qualidade

Diante da má imagem de seus veículos elétricos, a China vai endurecer as regras de exportação a partir de 2026

Montadoras chinesas / Imagem: JV Tech
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Victor Bianchin

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Victor Bianchin é jornalista.

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Segundo a Reuters, o Ministério do Comércio chinês decidiu colocar ordem em sua indústria automobilística. Uma nova regulamentação entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2026. O objetivo? Acabar com a concorrência desleal de alguns revendedores não regulamentados e, sobretudo, melhorar a reputação internacional das montadoras chinesas.

Na prática, essa mudança vai impor licenças de exportação para veículos elétricos, como já existe para modelos a combustão e híbridos. A partir de agora, apenas fabricantes oficiais e empresas devidamente autorizadas pelas marcas poderão obter o tão cobiçado aval para vender seus carros fora das fronteiras da China.

Por que esse endurecimento? Porque alguns espertinhos, que não são fabricantes, encontraram uma brecha. Eles exportavam modelos elétricos novos fazendo-os passar por veículos usados. O grande problema é que inundavam os mercados sem oferecer qualquer serviço pós-venda ou fornecimento de peças de reposição, o que, naturalmente, prejudicou a imagem da indústria chinesa.

Vale destacar que, ao diminuir os preços, esses intermediários forçavam as montadoras oficiais a se alinharem, desencadeando uma guerra comercial que prejudicava as margens de todo o setor.

Montadoraschinesas

Qualidade antes da quantidade

A China quer que suas marcas transmitam a mesma confiança que os gigantes internacionais. Citado pela Reuters, Wu Songquan, responsável pelo Centro de Pesquisa em Tecnologia Automotiva da China, resumiu bem a situação:

“Assim como as grandes marcas internacionais conquistaram a confiança do mundo inteiro por sua alta qualidade, os fabricantes de automóveis chineses devem estabelecer processos padronizados e garantir exportações de alta qualidade em suas operações independentes.”

O outro ponto da reforma é, portanto, claro: obrigar os exportadores oficiais a subir de nível. Acabou-se o tempo dos produtos malfeitos que prejudicam a imagem chinesa. Pequim está convencida de que, apesar das crescentes taxas alfandegárias, o potencial de crescimento dos carros “Made in China” continua enorme, desde que se aposte na confiabilidade.

Este texto foi traduzido/adaptado do site JV Tech.


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