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Esse gráfico reúne os países mais poderosos do mundo em 2024

Não há surpresas com os países mais poderosos de 2024, que não inclui o Brasil no top 10

Paises
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PH Mota

Redator

Jornalista há 15 anos, teve uma infância analógica cada vez mais conquistada pelos charmes das novas tecnologias. Do videocassete ao streaming, do Windows 3.1 aos celulares cada vez menores.

As comparações às vezes são odiosas, mas estamos cercados de números, índices e métricas que tornam o hábito irremediável. Sabemos quais países têm mais bilionários, o tamanho dos exércitos das grandes potências ou todos os dados sobre potências nucleares, por exemplo. Com tantas estatísticas, foi elaborada uma lista dos países mais poderosos de 2024.

Neste gráfico do Visual Capitalist você pode vê-los perfeitamente.

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Países poderosos

Os dados são retirados do último relatório de 'Grandes Poderes' de Ray Dalio em sua edição de 2024, que pesou diferentes indicadores como PIB, participação no comércio mundial e níveis educacionais, dentre outros, graças a relatórios como o PISA ou força militar. Os níveis de saúde também são medidos pela expectativa de vida, taxa de mortalidade infantil ou doenças crônicas; e níveis de felicidade graças a pesquisas de satisfação com a vida ou taxa de suicídio.

Também é importante a perspectiva de crescimento real nos próximos 10 anos. Tudo isso, como dizemos, é ponderado e é o que permite a Ray Dalio criar seu ranking de força.

TOP 3

A verdade é que não há surpresas se levarmos em conta que os Estados Unidos e a China ocupam os primeiros lugares, com a Zona Euro também no topo. Mas o que é interessante não é tanto a ordem dos países, mas ver seu índice de poder (parâmetros como produção econômica, força militar e comércio são levados em consideração) em comparação com a força per capita.

Este índice reflete a eficiência de um país em relação à sua população e, abaixo, deixamos a tabela dos 24 países do relatório:

País

Força total

força per capita

EUA

0,89

0,71

CHINA

0,80

0,30

ZONA DO EURO

0,56

0,43

ALEMANHA

0,38

0,54

JAPÃO

0,33

0,40

COREIA DO SUL

0,32

0,54

INDIA

0,30

0,07

REINO UNIDO

0,29

0,46

FRANÇA

0,27

0,45

RÚSSIA

0,26

0,28

SINGAPURA

0,24

0,89

AUSTRÁLIA

0,23

0,56

CANADÁ

0,21

0,50

TURQUIA

0,21

0,28

SUÍÇA

0,19

0,66

BRASIL

0,18

0,14

HOLANDA

0,17

0,55

ESPANHA

0,17

0,34

ITÁLIA

0,17

0,31

INDONÉSIA

0,17

0,13

ARÁBIA SAUDITA

0,15

0,45

MÉXICO

0,14

0,15

ÁFRICA DO SUL

0,10

0,12

ARGENTINA

0,07

0,14

Sempre EUA x China

Os Estados Unidos continuam sendo a principal superpotência, algo para o qual contribuem tanto seu poder militar quanto, acima de tudo, a influência do dólar nos mercados e o domínio tecnológico.

Falando da China, ela é a maior exportadora do mundo. Apesar das tarifas de diferentes países, o gigante asiático está se movendo para fazer novos aliados, como países africanos e outros como o México que podem servir de porta de entrada para os Estados Unidos. Também está fazendo inimigos em todo o mundo com algumas de suas atividades, indústrias e cada vez mais apertando o controle de terras raras. Acima de tudo, pelo medo do desenvolvimento militar em todas as suas áreas: terrestre, aérea, naval e... nuclear.

Riscos dos EUA

Para além do gráfico, no relatório de Dalio podemos ver que nem todo o campo é positivo nos países mais poderosos. Por exemplo, os Estados Unidos estão em uma posição desfavorável em seu ciclo econômico e financeiro, com uma alta carga de dívida e um crescimento relativamente baixo projetado para os próximos 10 anos: 1,4% ao ano. Além disso, tanto dentro quanto fora de suas fronteiras, há elementos de alto risco devido à situação social e à percepção de outros países.

Curiosamente, a percepção negativa da China aumentou de 45% nos índices de 2018 para 83% hoje, como resultado de movimentos recentes de ambos os países.

Situação na China

Nesta intrincada relação geopolítica, temos o outro lado da moeda. A China está em uma situação econômica contrária à dos Estados Unidos graças a uma carga de dívida moderada e crescimento nos próximos 10 anos de 4% ao ano. Dentro de suas fronteiras, a desordem não é um risco porque (e aqui é conveniente tomar emprestada a nuance dos relatórios) "até onde podemos saber, há uma capacidade limitada para a população expressar suas ideias em comparação com a maioria dos países".

O risco internacional é outra história e é considerado "alto". O relatório faz alusão a este conflito aberto e multifacetado entre os Estados Unidos e a China, que não diz respeito apenas à indústria de chips, mas também à energia ou ao tópico da moda: tarifas sobre carros elétricos. Mas também os movimentos que a China está realizando nos mares e territórios que considera sua propriedade, como Taiwan ou a fronteira com a Índia.

Brasil

O Brasil aparece em 16º na lista, logo atrás da Suíça. A principal força, segundo o relatório, é a riqueza em recursos naturais. Por outro lado, os pontos negativos são muitos: baixos índices de educação, pouco investimento em inovação e tecnologia, pouco destaque no comércio internacional e inconsistências de leis com alta corrupção.

Segundo o documento, a expectativa de crescimento pelos próximos dez anos é de 1,7% ao ano. A média é a 21ª entre as 35 principais economias listadas e última entre 18 países emergentes considerados.

Os dados do relatório são retirados de fontes econômicas como Reuters ou Bloomberg, indicadores e estudos internacionais, centros de pesquisa internos e diferentes índices do Banco Mundial.

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