Por mais que o hemisfério sul não tenha uma mudança evidente das cores das folhas entre as estações do verão e outono, o alaranjado e avermelhado das folhas do hemisfério norte trazem aquele certo "conforto" de filme hollywoodianos e uma definição clara das diferentes estações. No entanto, essa mudança de coloração ainda intriga cientistas que não sabem o motivo evolutivo disso ocorrer, apesar de saberem o que se passa em um nível celular.
Mas o que sabemos em nível celular?
Cientistas apontam que folhas que ficam amarelas quando "murcham", na verdade, sempre foram amarelas, mas se apresentam como verdes por conta da presença de clorofila. Já folhas que ficam vermelhas ou até roxas (dependendo do lugar) resultam de uma combinação da perda de clorofila e da produção de antocianinas, que também são comuns em muitas frutas e vegetais.
Mas em um aspecto evolutivo, ainda não se sabe o motivo dessa mudança ocorrer. Cientistas afirmam que as árvores só começaram a produzir os pigmentos responsáveis pelas cores do outono relativamente tarde em sua evolução.
Uma teoria é a resistência contra pestes e as cores supostamente poderia afastar insetos das folhas. Já outra fala é a teoria da fotoproteção, que diz que os pigmentos atuam como uma espécie de protetor solar para as folhas durante uma fase vulnerável da metamorfose. Isso explicaria o motivo de árvores do hemisfério norte mudarem tanto as cores em relação a folhas do hemisfério sul, por conta de uma presença maior de raios UV e sol, segundo uma teoria.
De qualquer modo, há muitas teorias que podem revelar o motivo das mudanças das cores das folhas, mas a ciência ainda precisa entender como isso se deu.
Capa da matéria: Getty Images/Shobeir Ansari
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