Laura Vieira
RedatoraJornalista recém-formada, com experiência no Tribunal de Justiça, Alerj, jornal O Dia e como redatora em sites sobre pets e gastronomia. Gosta de ler, assistir filmes e séries e já passou boas horas construindo casas no The Sims.
Um projeto totalmente inusitado e sustentável acaba de transformar a paisagem de Magé, município do estado do Rio de Janeiro localizado na Baixada Fluminense. O empresário André Marinho de Moraes, dono do Eco Resort Castelinho, construiu uma cachoeira artificial de 25 metros de altura usando cerca de 40 toneladas de resíduos reciclados, como pneus de caminhão, garrafas pet e isopor coletados na Baía de Guanabara. A estrutura, inaugurada no dia 5 de junho, funciona com um sistema próprio de captação e reaproveitamento de água da chuva e já se tornou referência de educação ambiental e turismo na região.
Cachoeira artificial foi construída com produtos reciclados
Transformar lixo em uma cachoeira artificial pode parecer algo impossível, mas em Magé isso virou realidade. Pneus, garrafas pet e outros materiais descartados ganharam uma nova função ao se tornarem parte de uma cachoeira artificial erguida dentro da Mata Atlântica. Mas a pergunta que não quer calar é: como essa cachoeira foi construída?
A queda d’água foi construída com aproximadamente 3 mil pneus e outros materiais descartados. Todo o processo teve acompanhamento técnico e licenciamento ambiental, respeitando normas federais e municipais. A iniciativa mostra que resíduos que virariam lixo na natureza podem ser reaproveitados em projetos criativos e sustentáveis, unindo inovação e preservação.
Construção proporcionará educação ambiental para crianças e jovens
Além de atrair turistas para a região, a cachoeira também foi pensada como um espaço de aprendizado. O local já recebeu seu primeiro evento educativo, reunindo cerca de 200 alunos de escolas públicas e privadas de Magé em um circuito de atividades ambientais. As oficinas incluíram reciclagem criativa, trilhas guiadas, plantio de mudas nativas e apresentação da fauna e flora da região. A ideia é que iniciativas como essa se repitam outras vezes, transformando o espaço em referência para a formação de crianças e jovens em educação ambiental, reforçando a importância do contato direto com a natureza e da preservação do meio-ambiente. Veja a seguir como ficou a cachoeira artificial de Magé:
Projeto prevê geração de empregos e novas atrações
A construção da cachoeira artificial em Magé busca ainda movimentar a economia local. A expectativa é criar empregos ligados ao turismo e ao meio ambiente, como formação de guias ecológicos e oficinas comunitárias. Além disso, entre as novidades previstas para os próximos meses, estão a criação de um borboletário e novas trilhas temáticas. O espaço já recebeu o plantio de 12 mil mudas de árvores nativas e foi cadastrado como área de soltura de animais silvestres junto ao Ibama.
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