Sofia Bedeschi
RedatoraJornalista com mais de 5 anos de experiência, gamer desde os 6 e criadora de comunidades desde os tempos do fã-clube da Beyoncé. Hoje, lidero uma rede gigante de mulheres apaixonadas por e-Sports. Amo escrever, pesquisar, criar narrativas que fazem sentido e perguntar “por quê?” até achar uma resposta boa (ou abrir mais perguntas ainda).
Não foi uma semana fácil para a Apple. A empresa tentou ofuscar o Google I/O anunciando a WWDC 2025, mas precisa melhorar bastante para mudar o clima. Somando a isso a saída do designer do iPhone original para a OpenAI, o resultado é um cenário nada animador para os usuários de iOS.
Pela primeira vez em muito tempo, os usuários de Android podem se gabar de ter acesso ao que há de mais empolgante no momento. O sistema sempre foi pioneiro em trazer várias funcionalidades, mas quem levava todos os holofotes era o iPhone. Agora não. O discurso mudou, e isso se deve à enxurrada de novidades em inteligência artificial que o Google apresentou.
É possível que o Gemini chegue ao iOS, mas neste momento o Android é um terreno fértil, cheio de recursos que os iPhones não têm. Do Gemini Live ao grande redesenho do Android 16 com o Material 3, sem falar em tudo que o Google já oferece em IA generativa, como o Veo 3.
Já a Apple vem de um ano desastroso no campo da inteligência artificial. O Apple Intelligence está muito distante do Gemini e isso já gera consequências internas importantes. A Siri precisa se reinventar e a empresa até trouxe novos especialistas, mas não há expectativa de grandes avanços até a WWDC 2025.
A Apple acumula meses de atraso — e, no universo da IA, tudo avança rápido demais para quem fica para trás.
Essa diferença de cenário já levou muitos usuários de iOS a desabafarem nas redes sociais sobre as dúvidas de que a Apple consiga reverter a situação.
“Está difícil ser usuário de iOS agora”, escreveu o perfil Web3Aible.
“Não acredito que estou prestes a dizer isso... mas os anúncios de hoje me dão vontade de voltar para o Android. A IA do Google é exatamente o que o Apple Intelligence precisava”, afirmou o desenvolvedor Matthew Berman.
“Penso o mesmo, e olha que sou usuário de iPhone desde 2007”, reconheceu John Schoenith, criador da ClamCase para iPad.
“É difícil pensar que a era da Apple não esteja chegando ao fim”, afirmou diretamente Parker Ortolani, ex-editor do 9to5mac. A essa visão respondeu Zach Laidlaw, ex-editor do AndroidPolice: “Sei que sempre que a Apple foi descartada, ela ressurgiu mais forte do que nunca. Mas desta vez a sensação é diferente”.
As demonstrações de pessimismo sobre a situação da Apple em comparação com o Google se multiplicam nas redes sociais. Aaron, analista do MacRumors, descreveu: “todo mundo soa agora como se a Apple estivesse afundando”.
James Almeida, do time de dados da xAI, respondeu que “é impossível que a WWDC esteja à altura do Google I/O”. Já Fernando del Moral, criador do canal La Manzana Mordida, comentou: “como usuário da Apple, quero um assistente que facilite minha vida nesse nível. O Google colocou a barra muito alta”.
Nosso colega Guille Lomener, editor do Applesfera, resumiu sem rodeios o sentimento predominante na comunidade iOS:
“Há momentos em que olho com inveja para o que acontece do outro lado do muro do jardim. E este é definitivamente um desses momentos. Não tanto porque haja algo que não possamos fazer no iPhone, já que o app do Gemini está disponível há meses, mas porque não é a Apple quem está liderando a IA”.
A Apple carrega agora o enorme desafio de mudar a narrativa na WWDC25. Mas, por enquanto, acontece algo que não víamos no Android há muito tempo: usuários de iPhone sentindo inveja.
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